10 agosto, 2009

Mulher, império, matriarcado

Querido Diário:Não pude dizer tudo. Talvez nem tenha percebido ao fazer a última postagem na semana passada. O fato é que não é fato: pensei que talvez essa questão dos homens darem no pé e deixarem as mulheres a cuidar dos filhos talvez seja tão velho quanto a república brasileira, ou até anterior a ela. Procurando o trio de palavras do título da postagem no Google Images, encontrei este lindo quadro de, suponho, Almada Negreiros, intitulado Maternidade, pintado creio em 1935.

Ou seja, parece que a mulher é que é mesmo o homem da família. Pelo menos no Brasil. Não sei como é o Rest of the World. O que sei é que Freud, ao associar a formação do superego a uma fixação paternal talvez tenha-se referido aos garotos vienenses. Talvez não a toda a humanidade. Ou talvez a introjeção das normas sociais tenha a ver com a mãe mesmo. E o pai seria uma figura perfunctória. Não digo isto em causa própria, pois a postagem não é do marcador Vida Pessoal, mas do Escritos. Agora chegamos ao ponto: o menino de rua tem pai? Tem mãe? Tem superego? Tem chance de viver 100 anos? Diga lá, Meu Senhor do Bonfim.
DdAB

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