09 abril, 2024

GPT e o Picolé Chica-Bon


 Quem me acompanha, especialmente a turma do bar do bairro, sabe que ando fascinado com as possibilidades que me têm sido oferecidas pelo ChatGPT naquele livro que volta e meia minto que estou escrevendo e em outras meia-voltas, digo a verdade que estou escrevendo. São dois tempos diferentes, e aquele em que a verdade é que estou escrevendo é que me faz feliz.

Nesse processo de escreve e mente, depois que o GPT me foi apresentado e muito dele gostei, desenvolvi novo ímpeto para trabalhar no livro que hoje se intitula "Três Subornos; uma utopia igualitarista".

Tanta intimidade desenvolvi com o GPT que decidi tomarle el pelo, como dizem os hermanos. Tudo começou quando vi em minhas anotações algo ou alguém citando a cronista Lia Luft. Li-a (sem brincadeira) fazendo uma petitio principii em que vemos: "Não creio em igualdade, mas em dignidade para todos."

Indignado, fui ao GPT e ele me disse:

A relação entre dignidade e igualdade está no princípio de que todos os seres humanos merecem respeito e devem ter garantidos seus direitos fundamentais, independentemente de diferenças individuais.

E aí fiquei fazendo perguntas tipo e a relação entre igualdade e maldade, e outras mais desmazeladas.

Finalmente, já cansado (e ele é incansável) indaguei:

Qual a relação entre igualdade e o picolé Chica-Bon da Kibon.

Ele deu uma resposta circunspecta, da qual destaco: talvez você esteja falando no Chica-Bon como metáfora. E aí me comprometi em escrever uma obra de ficção em que usarei o picolé Chica-Bon como metáfora.

DdAB

28 março, 2024

Empresas Vendendo Empregos?



Pelo jeito, a resposta é "não!", com exclamação! Mas há considerações interessantes feitas por mim e apoiadas no GPT e no Gemini:

Prosseguindo na reflexão sobre como mitigar as misérias trazidas pelo desemprego, compete-nos indagar sobre uma das causas motivadoras da ação do governo ou da comunidade na busca da ocupação da população economicamente ativa que se encontra em situação de desemprego voluntário (vivendo com a renda básica universal) ou não. A pergunta motivadora é: por quê, se – no capitalismo – tudo vira mercadoria – num mundo de mercados generalizados, não é comum concebermos, conforme aprendi com Samuel Bowles, um mercado em que as empresas vendem seus empregos?  Sim, sim. Estou me referindo ao emprego, com implicações originando-se no mercado de trabalho. Por exemplo, quanto a nova geração, ou seus progenitores ou a própria a sociedade pagaria para comprar os empregos, digamos, das pessoas de 40 anos ou mais: uma aposentaria avant la lettre. Na verdade existem aproximações de um verdadeiro mercado de empregos, desde as empresas especializadas em recursos humanos até os ainda mais refinados head hunters.  E, se tudo vira mesmo mercadoria, poderemos pensar que também haverá vendas do emprego de um trabalhador a outro. Quais seriam os problemas dessas vendas? Seriam similares àqueles já vistos no mundo moderno, como na cidade de Veneza, cujo fluxo de turistas é tão grande que seu número passou a ser racionado. 

            Fazendo um experimento mental, o fato é que, em uma análise hipotética, pode-se argumentar que existe alguma "virtude" nessa prática, dependendo do contexto, mas não isenta de controvérsias. Por exemplo, a venda de empregos poderia criar um mercado mais eficiente para o trabalho, onde os candidatos mais qualificados, independentemente de sua capacidade de pagar, teriam a oportunidade de obter empregos,aperfeiçoando a alocação de recursos. Da mesma forma, alguns argumentam que a capacidade de pagar por um emprego pode refletir o valor econômico que um candidato traria para a empresa. Em um exercício de análise contrafactual, a venda de empregos poderia gerar receitas adicionais para serem alocados pela empresa. Também benévola é a possibilidade de que a permissão da venda de empregos oferece aos virtuais compradores a liberdade de escolher oportunidades de emprego com base em seus próprios critérios financeiros.

            Ainda assim, os argumentos favoráveis são, em geral, controversos e muitas vezes negligenciam considerações éticas, legais e sociais. A venda de empregos cria desigualdades econômicas e sociais, pode levar à discriminação e minar princípios fundamentais, como igualdade de oportunidades. Na prática, as consequências negativas geralmente superam qualquer suposta virtude que poderia ser associada a essa prática. Mas esta crítica é facilmente superada, se considerarmos um monopsônio em que o comprador específico é o governo, sindicatos ou mesmo ONGs.

            Mas isto não impede que possamos observar vantagens na prática. Por exemplo, na maioria dos países, existem leis trabalhistas e regulamentos que proíbem essa prática, visando garantir que o processo de seleção de funcionários seja justo, não discriminatório e baseado no mérito. Adicionalmente, e até mais sério, firmas vendendo empregos criariam uma situação em que apenas aqueles com recursos financeiros significativos teriam acesso ao emprego, o que seria injusto e discriminatório, tendo em vista que a igualdade de oportunidades é um princípio fundamental em muitas sociedades.

            Um lado ainda mais complicado e elucidado pela economia da informação sobre a venda de empregos leva ao que se chama de seleção adversa: a empresa arrisca-se a contratar pessoas desqualificadas para as funções, mas capazes de pagar o preço fixado para a compra do emprego. Em boa medida, tal prática iria prejudicar tanto a produtividade quanto o desempenho da equipe. Isso afetaria negativamente a empresa e seus resultados. Também, dependendo da distribuição por gênero dos virtuais compradores, a venda de empregos poderia limitar a diversidade na força de trabalho, uma vez que apenas aqueles com recursos financeiros significativos teriam acesso às oportunidades de emprego. Romper essa regra implica elidir a perspectiva de que a diversidade e a inclusão são fundamentais para a criatividade, inovação e para refletir a sociedade de maneira justa. Neste sentido, a cultura de uma empresa desempenha um papel importante na satisfação dos funcionários e no sucesso da organização. Também devemos admitir a possibilidade de erros no processo de recrutamento., permitindo a contratação de trabalhadores distanciados e até contrários à cultura da empresa, prejudicando o ambiente de trabalho e a moral dos funcionários.


15 março, 2024

Mais Filosofia da Aritmética do 1 e do 2

 


Quando é que

1 = 2 ?

É quando estamos usando os algarismos 1 e 2 apenas como taquigrafias, o mesmo ocorrendo com o sinal de igualdade. Queremos, no caso, apenas dizer: o primeiro (argumento) é igual ao segundo.

DdAB

03 março, 2024

Pressupostos Econômicos: realismo versus instrumentalismo

Uma equação de preço e valor



O Século XX mostra com clareza duas correntes na ciência econômica:

  1. uma, destinada a fazer o sistema funcionar ( qual o preço do sorvete ).

  2. outra, destinada a entender seu modo de funcionamento para, talvez, modificá-lo estruturalmente.

Da primeira, emergiram as chamadas vertentes neoclássicas e da segunda a economia marxista.

Em ambos os casos, a fim de proceder à verificabilidade (falseabilidade) das teorias propostas, tratou-se de buscar dados de apoio, em virtude da natureza de ciência social da própria ciência econômica e tudo o que já foi dito sobre a relação sujeito-objeto.

Particularmente, a economia neoclássica, preocupada que estava em dar respostas a problemas prementes, como o preço do sorvete, mas também a quantidade ótima de moeda em circulação e outras, passou a desenvolver métodos quantitativos estatísticos para qualificar suas respostas.

Hoje também a economia marxista utiliza amplamente estes métodos. Um exemplo é a teoria do valor trabalho, tachada de metafísica por Joan Robinson, que hoje pode ter o vetor do valores das mercadorias produzidas em um sistema derivado de uma simples matriz de insumo-produto.

DdAB