24 agosto, 2020

Sopa de Letrinhas na Política: novas considerações

 


A pandemia, o confinamento, faz cada uma: li uma revista IstoÉ, o que faço tão raramente que a presença dela neste blog é perfunctória... Nos dias que correm, andei lendo um número que tem um box intitulado "Equilíbrio de força na Câmara". E faz uma lista de siglas, milhares de siglas e até nomes, dos partidos brasileiros que têm representação federal:

Avante, Cidadania, DEM, MDB, Novo, Patriotas, PCdoB, PDT, PL, Podemos, PP, PROS, PSB, PSC, PSD, PSDB, PSL, PSOL, PT, PTB, PV, Rede, Republicanos e Solidariedade.

É tanto partido que minha capacidade de contar com os dedos das duas mãos desvaneceu-se. E dei o assunto por encerrado.


DdAB

17 agosto, 2020

Palocci e o Fim-da-Picada

Parte da delação de Palocci está inserida nos autos de ação penal da Operação Lava Jato

Durante o fim-de-semana, vi aqui e ali denúncias de Antônio Palocci. Quero dizer, não a 'caguetagem' que Palocci praticou contra Lula, a delação premiada no processo da Operação Lava-Jato curitibana. Como lembramos, Palocci 'caguetou' Lula, falando em recebimento de propinas, e tudo mais.

Óbvio que, para tornar-se delator, ele estava se defrontando com acusações severas e queria reduzir suas penas. Pois o jornal Zero Hora -sempre ele, até quando?- na página 8 da edição eletrônica de hoje, tem reportagem de três colunas sobre a delação do esculápio das finanças pessoais.

Diz o jornal:

   No documento finalizado na última terça-feira e enviado ao ministério público federal, [o delegado Marcelo Feres] Daher apontou que as afirmações dadas pelo delator 'foram desmentidas por todas as testemunhas declarantes e por outros colaboradores da justiça' e 'parecem todas terem sido encontradas em pesquisas na internet, porquanto baseadas em dados públicos sem acréscimo de elementos de corroboração, a não ser notícias de jornais.'

Diz o Planeta 23: pouca gente no Planeta Terra gosta de alcaguetes, mas considero esta delação de Palocci uma das mais mesquinhas da história da Operação Lava-Jato. E desse triste episódio de longa duração, tirei três lições e confirmei outra que já aprendera:

a) a Lava-Jato curitibana, destacando a dupla denunciada pelo jornal The Intercept Brasil, nomeadamente, Deltan Dalanhol e Sérgio Moro, tinha mesmo, agora se comprova factualmente, um viés persecutório contra Lula. O ex-presidente foi parar na cadeia, contrastando com os atos de vilania desses dois funcionários federais. Entristece-me saber que esses criminosos nunca verão a justiça penalizando-os pelas injustiças praticadas.

b) depois de ver-se preso e com limitadas chances de inscrever-se como candidato à presidência da república na eleição de 2018, Lula e a direção do PT não foram capazes de fazer um exercício de teoria dos jogos elementar: a indução reversa. Já falei nisto aqui neste Planeta: imaginemos a situação em que Lula está tomando posse no cargo de presidente. Semanas antes, ele teria que ver sua vitória confirmada pelo tribunal eleitoral. Disso, em primeiro ou segundo turno, ele deveria ter conquistado a maior parte dos votos válidos. E antes dessa estrondosa vitória das urnas, ele deveria ter sido inscrito candidato numa chapa completa, ou seja, com presidente e vice-presidente. Pois Lula não fez nada disso, com a aquiescência do futuro (naquele pretérito) candidato a vice-presidente, o dr. Fernando Haddad. E de toda direção do PT, que nunca ouviu falar em teoria dos jogos, talvez por considerá-la um esbirro da direita. Nada dessas ações do protocolo eleitoral aconteceu. Lula inviabilizou a candidatura da coalizão PT-PCdoB. Mas, porém todavia entretanto, o pavor popular ao neo-liberalismo e à personalidade narcisista de Jair Bolsonaro estava assustando a turma que, provavelmente iria eleger Haddad-Manuela. 

c) neste preciso instante, na antevéspera (digo, oito dias antes) da realização do primeiro turno da eleição, Sérgio Moro agiu como um coronel-da-política, visando à vitória a qualquer custo. Tudo que podia incriminar Lula foi feito, inclusive aquela 'caguetagem' do esculápio. Acabo de olhar na internet o que o Google dá de retorno quando se digita "moro libera delação de palocci". As três entradas iniciais são:

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/01/politica/1538428364_331167.html: Moro libera delação onde Palocci diz que Lula sabia de corrupção na Petrobras.

https://epoca.globo.com/sergio-moro-entra-na-campanha-eleitoral-ao-suspender-sigilo-de-parte-da-delacao-de-palocci-23126422: Sergio Moro entra na campanha eleitoral ao suspender sigilo de parte da delação de Palocci.

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/07/moro-achava-fraca-delacao-de-palocci-que-divulgou-as-vesperas-de-eleicao-sugerem-mensagens.shtml: Moro achava fraca delação de Palocci que divulgou às vésperas de eleição, sugerem mensagens.

d) mas falta-me o principal ponto, aquele me trouxe a postar sobre o fim-da-picada. O jornal cita o delegado que diz: "a não ser notícias de jornal". Ou seja, nada fora comprovado, Moro sabia, Haddad mal teve tempo de deixar-se conhecer como candidato a presidente da república. Os eleitores de baixa renda, digo, baixo rendimento mental, pularam no colo do oportunista Jair Bolsonaro. As notícias de jornal, hoje a polícia declara, eram reles notícias de jornal, sem comprovação de qualquer tipo.

Quanto a este item (d), que posso dizer? Alguém da comunidade ou do estado deveria punir os tais jornais que "repercutiram" notícias originárias de fontes não-idôneas. Cadeia para eles. E também para Lula que, de dentro da cadeia, não foi capaz de contar com um assessor (inclusive o economista Haddad) para dizer-lhe que preso não pode candidatar-se a cargos eletivos. E que, dado o ódio que -como dizem- a zelite nutria por Lula, inclusive a ministra Rosa Weber do STJ, tava na cara que ele não seria libertado para concorrer à eleição. Nem mesmo para participar, nas ruas, nos comícios, da bissexta campanha de Haddad.

Moraleja: no país da impunidade, juiz ladrão vai muito além do futebol. 

DdAB

12 agosto, 2020

Mais Trovas: Cego Aderaldo, José Pretinho e eu

Famosos Que Partiram: Cego Aderaldo

Confinado, lembrei daquela trova entre Cego Aderaldo e José Pretinho. Segundo minha memória recoleta do show que Ary Toledo fez em Porto Alegre, digamos, em 1966, José Pretinho tinha tudo para perder. Sua primeira intervenção foi:

Cego, a minha toada

É um trabalho garantido

Você pra cantar mais eu

Precisa ser aprendido

Queira Deus que me acompanhe

Pra cantar neste gemido.

Como falei, Zé Pretinho já entregou o jogo, pois Cego Aderaldo respondeu:

Se gemer for cantoria,

Tu és um bom cantador

Pois gemes perfeitamente,

No gemido tens valor.

Quem a paca cara compra paca cara pagará.

Zé Pretinho se atrapalhou com esse trava-língua. De minha parte, naquele tempo, eu estava para ser reprovado em Física no terceiro ano colegial e desafiei a professora: quem calcula a carga em Coulomb carga em Coulomb calcula. Ela balbuciou: "Newton, ação e reação, lei de Coulomb", mas, reconhecendo-se incapaz de reproduzir ou fazer algum variorum, aceitou a derrota diplomaticamente. Fui aprovado.

DdAB


09 agosto, 2020

Machado de Assis no Dia dos Pais

 

Querido diário:

Não terminarei nunca de falar em Machado de Assis e suas "Memórias Póstumas de Braz Cubas". E agora, em breve passagem, falo de sua invencível originalidade, declarando-o um precursor de "Rayuela" ("O Jogo da Amerelinha"), de Julio Cortázar. Pois vamos à prova.

O capítulo CXXIX se intitula "Sem remorsos" fala de seus sentimentos com relação ao fato de ter sido amante da esposa de Lobo Neves. Inicia dizendo "Sem remorsos", ponto. E segue-se nova sentença, com nosso Brasinho imaginando que, se tivesse o equipamento adequado, poderia "decompor o remorso até os mais simples elementos [...]". No capítulo seguinte, intitulado "Para intercalar no capítulo CXXIX", ele inicia dizendo: "A primeira vez que pude falar a Virgília, depois da presidência [de Lobo Neves], foi num baile em 1855. [...] Lembra-me que falamos muito, sem aludir a cousa nenhuma do passado. [...]". E termina dizendo:

-Magnífica!

   Convém intercalar este capítulo entre a primeira oração e a segunda do capítulo CXXIX.

Vi nesse simples saltitar das razões de Brás Cubas uma ideia que certamente tomaria corpo no "puladinho" de que foi composto o "Rayuela", que, em gauchês, se pronuncia "sapata".

Então o capítulo CXXIX ficaria assim na edição da Biblioteca Nacional:

Sem remorsos. A primeira vez que pude falar a Virgília, depois da presidência, foi num baile em 1855. Trazia um soberbo vestido de gorgorão azul, e ostentava às luzes o mesmo par de ombros de outro tempo. Não era a frescura da primeira idade; ao contrário; mas ainda estava formosa, de uma formosura outoniça, realçada pela noite. Lembra-me que falamos muito; e sem aludir a coisa nenhuma do passado. Subentendia-se tudo. Um dito remoto, vago, ou então um olhar, e mais nada. Pouco depois, retirou-se; eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por que fenômeno de ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filólogos essa frase bárbara) murmurei comigo esta palavra profundamente retrospectiva:

— Magnífica!

Se possuísse os aparelhos próprios, incluía neste livro uma página de
química, porque havia de decompor o remorso até os mais simples elementos, com o fim de saber de um modo positivo e concludente, por que razão Aquiles passeia à roda de Tróia o cadáver do adversário, e lady Macbeth passeia à volta da sala a sua mancha de sangue. Mas eu não tenho aparelhos químicos, como não tinha remorsos; tinha vontade ser ministro de Estado. Contudo, se hei-de acabar este capítulo, direi que não quisera ser Aquiles nem lady Macbeth; e que, a ser
alguma coisa, antes Aquiles, antes passear ovante o cadáver do que a mancha; ouvem-se no fim as súplicas do Príamo, e ganha-se uma bonita reputação militar e literária. Eu não ouvia as súplicas de Príamo, mas o discurso do Lobo Neves, e não tinha remorsos.

É ou não é a "Rayuela" escrita, assinada e remetida?

DdAB

P.S. Nunca fui capaz de ler aquele "O Jogo da Amarelinha", ou seja, a tradução brasileira. Mas li, con gusto, a tradução portuguesa, cuja capa insiro lá no início.

07 agosto, 2020

Machado de Assis e a Presidenta

Puxa saco de crochê passo a passo: 48 modelos imperdíveis ...
(Imagem de uma pata simpática e puxa-saca)

O DILÚVIO DA DILMA

Hoje em dia, poucos observadores da cena brasileira portadores de ideais social-democratas negam-se a entender que a presidenta Dilma começou a cair durante as manifestações de 2013. Eu não me neguei a entender que havia oposição ao governo dela mesmo dentro da direção do PT. Rui Falcão e outros paulistas, além de mais brasileiros. Como a esquerda nacional poderia ter entendido que o que estava em jogo naqueles momentos em que a presidenta inclusive sugeriu a realização de nova constituinte era precisamente o lulismo?

Em certo momento, depois do dilúvio, tudo o que Dilma fazia foi sendo crescentemente contestado por, possivelmente, neo-liberais descontentes com... o lulismo. Por exemplo, estocar vento. Claro que pode, pois -no capitalismo- tudo vira mercadoria, inclusive o vento. Talvez não seja sensato estocá-lo em pacotinhos de pipoca, mas não é difícil entender que  energia cinética que leva as pás daqueles cata-ventos a girar deve ser convertida em energia mecânica e aí sim ela pode ser estocada em baterias ou algum outro mecanismo que não está ao alcance de minhas chinelas.

E presidenta? Foi um neologismo inventado pela mineirinha? Of course not, diriam William Shakespeare e outros falantes.

MACHADO PARADIGMÁTICO PARÓDICO
Pois passo a Machado de Assis. Letrado que sou nas obras (algumas, umas poucas, uma ou duas...) de Chico Xavier, não me surpreenderia ler as notas não de um defunto, mas ditadas pelo espírito que iluminou aquelas carnes. Mas, no caso, Machado nada fala sobre o oculto, a não ser o que lhe dita Braz Cubas. Ou, como escreve-se hoje, Brás Cubas, pois cada chefe de quadrilha que preside a academia brasileira de letraz jah tentha faser ssua mudamça orthográphicah, parará deichar ceu nome inexqueçível, um arrazo. Isto confunde o leitor arguto, como é meu caso, e volta e meia, como no final daquela sentença que felizmente acabou, vou metendo erros que eu myself ou algum espírito ditoso vai ditando.  Olha a página 13 do Prefácio de Hélio Guimarães na edição Penguin:

   Nas Memórias Póstumas, esse procedimento paródico [convenções do realismo e do naturalismo], antes mais discreto, torna-se ostensivo, dominando a cena, da capo. O título inusitado alude às Memórias de além-túmulo, de Assis Chateaubriand, um gigante do romantismo francês, com uma diferença que também é uma superioridade. Se Chateaubriand, escreve, naturalmente, em vida para ser lido depois de sua morte, Machado inventa o defunto autor Brás Cubas, que escreve depois da própria morte para leitores (nós!) [sic] ainda presos às contingências do mundo dos vivos.

A verdade é que vejo interesses materiais nesse troca-troca de signos para representar os velhos e batidos fonéticos vocábulos. Vendem-se mais dicionários, mais enciclopédias, dão-se ocupações a linguistas e aprendizes, estagiários e doutorandos. Mas perde-se a comunicação entre as gerações. De minha parte, volta e meia ando falando por este blog que já testemunhei duas mudanças ortográficas e, em menos de 100 anos acrescentei mais uma.

Segue-se que aquelas obras completas de Machado de Assis que se depositavam na prateleira da sala mostravam-se ilegível para a criança de alfabetização linha B que era eu. Posthumas, algo assim. Aquele "memorias", sem acento. E lá dentro um monte de palavras que não cabiam em minha compreensão do mundo composto por letras. Muito tempo depois, contudo, vim a entender que o que me impede de ler Luis de Camões não é a escrita arrevesada para os padrões de 1954, quando declaram ter-me alfabetizado, mas a semântica: barões eram varões...

Aliás, se a ortografia impedisse um adulto dominante das 26 letras (2) de entender conteúdos, eu não entenderia o inglês nem o francês, para deixar de citar outros milhares de línguas cuja ortografia para mim é perfeita estranha, mas vou aprendendo os fonemas e suas combinações sonoras. Então, quando eu leio "shakespeare" em minha cabeça soa "cheicspir", e sei que estamos falando, na absoluta maioria das vezes, no gênio literário de Stratford upon Avon. E que viés cognitivo poderia assorear minh'alma para não entender que "posthumo" é "póstumo" mesmo?

AS MUDANÇAS NA ESCRITA DA LÍNGUA PORTUGUESA/brasileira
Olhei há pouco na internet três sites que falam do assunto. 
https://www.superprof.com.br/blog/numero-de-mudancas-na-lingua-portuguesa/
Não vi consenso entre eles. Fui-me à Wikipedia que tem até coisas demais. Ainda assim, fico ao lado dela e recomendo a consulta.

MACHADO VOTA EM DILMA PARA PRESIDENTA
No capítulo LXXX - De secretário
Lá no finzinho, eis que Lobo Neves andou convidando Brás Cubas a ser seu secretário, eis que esta encaminhando-se a ser presidente de uma dessas províncias que depois passaram a chamar-se estados e que deram cria, já havendo quase tantos quantos há hoje os partidos políticos. Lá no finzinho, repito, lemos outra reflexão de Brasinho: 

Na verdade, um presidente, uma presidenta, um secretário, era resolver as coisas de um modo administrativo.

Consideremos agora meus quatro exemplares deste livro:
a) Biblioteca Nacional: presidenta
b) L&PM: presidente (nota 1)
c) Nova Aguilar: presidenta.
d) Penguin-Companhia das Letras: presidenta.
Resultado: presidenta 3 x 1 presidente.
Não é de deixar qualquer um odiando a ABL?

Culmino essa encrenca de transformar questão linguística em questão política, não aceitando que a coroa se designasse por presidenta. Primeiro, é voz corrente que, se o marmanjo é meu parente, a irmã dele é minha parenta. Por fim e em prova definitiva, evoco o testemunho de uma ex-aluna que, tentando defender-se de volta e meia levar-me presentinhos (modestos, para não serem confundidos com propinas), declarou não ser puxa-saca. Claro que ela poderia ter dito puxa-saco, mas achou por bem aderir àquele presidenta machadiano.

DdAB
Nota 1 Aqui neste livro da L&PM não se fala em "fixação do texto", mas há uma dupla de garotas declaradas como revisoras: Delza Menin e Graziela J. Prestes. Pois penso que foram elas que fizeram essa mudança de presidenta para presidente. Tempos atrás li uma coluna do linguista Cláudio Moreno dizendo acreditar que esse tipo de forma que normalmente assume o masculino tem dado lugar ao gênero feminino. E um dia li a cronista Martha Medeiros, de Zero Hora, falando em presidente Dilma. Pois tomei a liberdade de escrever a ela, já que o e-mail estava lá no jornal, e sugeri que ela passasse a falar em presidenta. Martha respondeu dizendo que, se falasse com Dilma, assim faria. Pois não é que, alguns anos depois da resposta, ela foi chamada a receber uma homenagem no Palácio do Planalto. Pois Martha voltou de lá, homenageada, e voltou a falar em presidente. Eu, na condição de vice-presidente de alguma birosca do bairro, não cobrei nada de quem nada me devia. Delza e Graziela corrigiram arcaísmos, mas deixaram intoleráveis "cousa" e "dous" que traduzo por "coisa" e "2". Cá entre nós...

Nota 2 Falei em 26 letras? Aqui mesmo no blog refiro a reclamação de Graciliano Ramos em "Infância" que a criança não é forçada a aprender apenas um alfabeto, mas quatro: forma maiúscula, forma minúscula, cursiva maiúscula e cursiva minúscula. Total: quatro alfabetos e, se forem essas 26, chegamos a 104 signos fonêmicos: a, be, ce, de, e-fe, etc.


DdAB
P.S. Olha o que creio ser a primeira edição:






03 agosto, 2020

Velhinhas reaparecem na Quarentena:

Da pantalona à piada

Tudo junto é separado
(ao passo que)
Separado é tudo junto.

DdAB
Piada vernácula de Thomaz de Souza. Imagem veio daqui (https://piaui.folha.uol.com.br/materia/da-pantalona-a-piada/).