Querido Blog:
Não estamos sozinhos. Dias atrás, falei que "adoro drogas!". Não queria dizer que pratico sexo, nem que danço roquenrou, nem que use drogas, nem que deixe de fazê-lo. Ou seja, ao dizer que "adoro drogas" poderia estar apenas dizendo: acho que devemos discutir o problema das drogas ilegais, das proibições. A indústria das drogas ilegais, a meu ver, destruiu o Brasil. O jogo do bicho ajudou, a ditadura, a televisão, a modernidade, a condição de "lacaios do fornido irmão do norte", ok, tudo ajudou. Mas o principal é a miopia quanto às consequencias da política de racionamento pelas quantidades. Ela, a política, criou os spectacular awards shumpeterianos que seria impossível segurar a água caindo morro abaixo.
SDR: special draw rights, circunspecta sigla das finanças internacionais. SDR: sex, drugs and rock and roll", mais famosa sigla dos anos 1960. FHC: Fernando Henrique Cardoso, que inspirou minha postagem de hoje, ao dizer -talvez na sexta-feira- e ser reproduzido na p.35 de Zero Hora de sábado passado (namely, 22 de agosto) que: "Imaginar um mundo sem drogas é um objetivo muito difícil de alcançar. É como imaginar um mundo sem sexo."
Acima eu não neguei ouvir roquenrou nem praticar sexo nem consumir drogas. Não neguei nem afirmei. Não gostei, by the way da frase do político de direita: este "imaginar o que quer seja ser um objetivo." Se meu objetivo é mesmo imaginar um mundo sem droga, isto não é inalcançável: está imaginado! A segunda parte é que é boa: "Cara, não pode bancar o burro, sejas político da esquerda ou da direita: água morro abaixo ninguém segura!" Nem sejamos hipócritas: um idoso, como o Berlusca, que quer a proibição do aborto e do divórcio na Itála e all over the world e que é um devasso sexual, só pode ser aclamado pela plebe rude. Mas não pode ser considerado um político de esquerda.
Richard Layard, escorreito economista da LSE (mais siglas: London School of Economics & Political Science), permitiu-me pensar no conceito de "drogas recreativas". Entendi que a cafeína é uma. E há outras mais aditivantes. Mas acho que a maior responsável pela adição não é a proibição legal (ainda que não ache que se deva colocar à venda a cocaína ou as pedrinhas de crack) e sim a forma como a negadinha do porte do Sr. Silvio Berlusconi e seus eleitores lidam com sua liberdade e as recomendações que fazem aos outros para usarem as suas. Sensillamente hipócritas.
DdAB
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