16 outubro, 2014
Reindustrialização: prepara-se para o pior
Querido diário:
Depois de se ter festejado a desindustrialização no Brasil, começa-se a falar em reindustrialização. Ou melhor, começa-se a falar em políticas econômicas governamentais que favoreçam a indústria, a expansão do setor industrial. Ou seja, de empresas que produzam predominantemente bens industrializados. "Que é indústria?, que é indústria?" devemos começar a indagar.
Como é que se pretende reindustrializar?
.a. incentivar o surgimento do capitalismo brasileiro?
.b. expandir a ação do governo (a ação das "estatais")?
.c. repatriar os capitais das multinacionais que já produziram no Brasil e foram para a China?
.d. trazer de volta os capitais brasileiros que para lá se foram?
.e. ou apenas levar o governo a prover serviços, como a educação, a saúde, a previdência e a segurança? Mesmo neste caso, os produtos industriais (carteiras, cadeiras, computadores, lancheiras, cozinhas industriais, centros esportivos) poderiam ser produzidos localmente ou importados, dependendo das conveniências de preços e prazos!
O que o Planeta 23 recomenda é que se crie vergonha e comece a gastar especialmente no setor serviços que produzem bens públicos (segurança pública, justiça, saneamento) e outros que produzem bens de mérito (educação, saúde, pesquisa tecnológica, previdência social). E tem mais: esse negócio de que o BNDES tem dinheiro para financiar a grande indústria é outra vergonha nacional. Por que não financiar a pequena empresa nacional? Por que não abrir a economia? Por que não criar linhas de crédito para a pequena empresa, na linha do que prescrevemos na aba vertical da direita deste blog: dar uma bolsa de estudos para alguém estudar três horas por dia (empreendedorismo, português, matemática, montagem de planos de negócios, matriz de insumo-produto da empresa), exercitar-se mais três horas e fazer trabalho comunitário nas três horas restantes.
A chapa Dilma-Aécio vai fazer isto? A chapa Marina-Finado Eduardo faria? Aposto que não, aposto que perderemos mais quatro anos, que nosso índice de Gini não baixará de 0,5 e talvez até suba, retomando seus áureos picos de 0,65. Aposto que beberei!
DdAB
A imagem vem daqui.
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