19 outubro, 2014
Proposta de Mudança Institucional
Querido diário:
Volta e meia denuncio aqui neste Planeta 23 que a cultura brasileira espelhada por seus políticos todos capturáveis até mesmo pelos mais fracotes grupos de interesse vivem mudando regras que tornam nosso cotidiano ainda mais difícil.
E sempre ilustro com dois exemplos fantasmagóricos. Primeiro, as tomadas elétricas, que -se bem conto- já tiveram a terceira mudança desde que fui trazido ao mundo. Segundo, as mudanças ortográficas radicais, que também já se contam em três. No primeiro caso, ao invés de se tentar alguma universalização, ao contrário, excluímos as tomadas americanas, o que dá um prejuízo admirável para um monte de gente (fora que elas são feitas para redes elétricas portadoras de "fio terra", o que acontecerá no Brasil apenas no século XXX). No segundo, além de meu admirado livrinho "Pequeno Príncipe", tive que jogar no lixo pilhas de dicionários, adquiridos antes de 1973 e agora há pouco, em janeiro de 2009.
Chegamos ao domingo. Vem minha proposta de mudança institucional, desta vez revelando logo sua motivação: mudar por mudar! Eu me insurjo contra a falta de lógica que existe naquela regra que só pode ser da ABNT para a transliteração da linguagem dos números à dos numerais. Por exemplo, recomenda-se escrever:
um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, 11, 12, 13, ...
E o Planeta 23 recomenda:
zero, um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze, quatorze, quinze, dezesseis, dezessete, dezoito, dezenove, vinte, 21, 22, 23, ...
A partir do 21 é que temos mais de um numeral para representar o número: vinte e um, noventa e seis, quatrocentos e sete (claro que o quatrocentos puro poderia também ter o numeral, mas a regra matemática é que estopa [agora uso estopar quando rolaria confusão entre "para", verbo e "para", presposição] em vinte e fim).
Qual a vantagem? Primeiro, evitaríamos o rebaixamento do Grêmio. Segundo, teríamos uma regra lógica mais consentânea com os ideais supremos da nacionalidade. Terceiro: economizar-se-á no processo decisório e educacional de nossas crianças.
DdAB
Imagem aqui.
P.S. Mal publiquei esta postagem e já uns parentes de Cacequi telefonaram dizendo que deveríamos também adotar o hábito francês daquele 4 x 20 (quatre-vingt) e mesmo o 4 x 20 + 19 (quatre vingt diz neuf).
P.S.S. E outra família de Jaguari diz que diz que não é "diz" e diz que é "dix".
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