Um réquiem é repouso eterno (se é que existe 'eternidade'). Daí pulou para a música e tornou-se metáfora generalizada: réquiem para a última bergamota da cesta. Obituário é não apenas o livro de registro das mortes, mas principalmente -na metáfora- a música e depois o texto de homenagem ao finado. Então, no outro dia, já passado no tempo, li o "Réquiem por Efraim Tomás Bó", de Gerardo Mello Mourão, publicado possivelmente num jornal, não sei o local, nem o nome, nem da data. Parece carioca (pelo cheiro?, jamais saberei; mas se não há eternidade, não será possível que este nome esteja escrito a certa altura da parte fracionária do número pi?). O nome de Efraim não consta da Wikipedia, mas achei-o no Google (aqui) e vem acompanhado pelo do articulista Mourão. Cisca daqui, digita dali e cheguei aqui.
Então Efraim -entendo pelo texto de Mourão- morreu antes de Julio Cortázar, de quem foi amigo de infância, ainda seguindo Mourão. Como Cortázar feneceu aos 12/fev/1984, o jornal que li (em xerox) já começa a contar tempo para completar o cinquentenário. Literato sendo homenageado por literato, não haveria como passar sem citação de outros literatos. Se bem compilei, começamos com Lawrence. A Wikipedia em português foi-me mais útil. Fala no D. H. e no oficial britânico, logo estaremos falando mesmo de David Herbert Richards Lawrence, do afamado autor d'O Amante de Lady Chatterley'. Ok.
Em seguida, tive que voltar ao dicionário: 'cenotáfio' (monumento ao morto seu seu corpo), citado no contexto dos nomes de Cláudio Girola e Alberto Cruz. Girola tem registro tênue. Alberto Cruz, arquiteto português, falecido em 1990, tudo na Wikipedia. Daí vêm os filósofos pré-socráticos, Platão, Aristóteles e Plotino. Passa-se por
todas as províncias do espírito humano, da poesia grega e latina. Vai-se a Dante e aos 'textos medievais dos filósofos árabes e judeus, do pensamento alemão e dos místicos flamengos, do saber espanhol de todos os tempos, do Velho e do Novo Testamento, de Meister Eckardt a Goethe, a Hoelderlin, a Hegel, a Marx, a Rilke, a todos os russos e franceses, a Dostoievsky, a Mallarmé, a Verlaine, a Rimbaud, aos surrealistas, aos mestres ingleses da patrística, a Pound [...].
Depois falou em Jack London. Já li. e Bioy, que presumo ser Adolfo Bioy Casares, sobre quem postei recentemente. Vem adiante Unamuno, Miguel de Unamuno. E Baudelaire, quem não leu? Mais Dante e o conhecido lá dele/s Gofredo Iommi. E mais: Lezama Lima, Labrador Ruiz, Afonso Reyes, Manolo Altolaguirre e Ramoné. Never heard. Já falei de Rimbaud, Kafka e Heidegger? E do "romance argentino do ornitólogo William Hudson"? Seria um Hans Staden mais meridional?
Verlaine e Rilke, ok. Verso de Hoelderlin e ainda o poeta Iommi. Um programa de estudos para ser lido em 10 anos. Johann Christian Friedrich Hölderlin? Tá na Wikipedia. Iommi? Será o da Black Sabbath? Há muita coisa para estudar e também para o lazer criativo, inclusive mais detalhes sobre a vida de Efraim Tomás Bó.
DdAB
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