04 maio, 2012

Cristina Malvina, Dilma Maltrata


Querido diário:
Nunca se sabe quando um governante age com sinceridade (às vezes, na bebida...) ou estrategicamente. E nunca se sabe quando este tipo de asserção é válido. No caso, não falo de um governante, na verdade, mas de duas governantas. Trata-se, como sutilmente sugere o título da postagem, de tropelias praticadas pelas presidentas da Argentina e do Brasil.

A primeira enrustiu um atleta-agente secreto nas Ilhas Malvinas (Falkland, no dizer dos habitantes), beijando o solo da -assim- pátria de Shakespeare e dizendo que aquelas partículas cheias de germes são argentinas. O que o/a agente/s desejam é dizer que o atreta se preparava, nas Falkland, para a Olimpíada de Londres. Um governo nacional, uma coroa do porte da Cristina Kirchner, brincando com estes assuntos só pode ser uma prova cabal do justificadíssimo viés que tenho contra todos os governantes. Tem muito débil mental no mundo e, mesmo que não tenha sido a señora Cristina a determinar tão esdrúxula peça de "publicidade comparativa", é o governo dela, a bravata que recai sobre ela.

Mais ao norte, a presidenta Dilma -dizem- determinou que os juros da caderneta de poupança sejam indexados à Selic e não mais aos 6% doados ao país pelos militares. Briga de cachorro grande, em minha modesta opinião. No outro dia, lembrei o viés a favor da sobriedade governamental: nem se fala nos 3% de pagamento que incide sobre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, outra herança dos tempos militares e que financiaria o dinheirinho das famílias aplicados na cardeneta de poupança. Ou seja, há dois cachorros em luta: as carências de dinheiro do tesouro nacional e a ameaça à estabilidade financeira nacional presidida pela caderneta de poupança. Por contraste, chegou-se a falar em um valor máximo garantido com aqueles 6%, o que daria alguma colher para a negadinha de baixa renda. Claro que o jornal nem evoca esta cogitação. Há, ao contrário, enorme consenso contra esta manobra sinverguenza.

Troco letras, troco de tema. Ou não? É evidente que é preciso reduzir a indexação da economia brasileira. Eu sugeriria -com humildade- começar com os vencimentos dos juízes e demais governantes.
DdAB
imagem daqui. pedi ao Google Images apenas: atreta cardeneta. houve pilhas de imagens, sendo que selecionei a primeira, que se origina de um site bem apropriado ao dia: como gerenciar o dinheiro doméstico.
p.s: A comparação óbvia da perda que todos os depositantes da caderneta de poupança terão é pensar no que acontecerá quando a taxa Selic cair a 6% a.a.: ao invés de receber os 6%, o pobre trabalhador alquebrado por mal-tratos governamentais, terá de contentar-se com 4,2%. Melhorou, presidentas!
(adendo de 05051818, ou seja, voltei ao passado, por causa do nascimento de Karl Marx, hojezinho).

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