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Não falei ontem sobre o tema "bolas"? Que me dizes, então, dos 16 e até mais encaçapados na boca da senhorita da foto do site 'bocadura'? Pois pensei em boca-mole a propósito de matérias divulgadas por Zero Herra e sua auto-promoção.
Pois não é que Luciano Alabarse (homem de teatro), na quinta-feira passada, escreveu um artigo declarando-se "fed-up" com o maniqueísmo grenalesco da cultura gaúcha. Em linguagem de jogos, ele queria que o problema de coordenação que grassa no Rio Grande recebesse atenção adequada e, por meio de -lógico- coordenação da ação dos agentes, viesse a ser superado. Na opinião da Bola Sete (ou outra, cujo nome, por ora, retenho em sigilo), a coordenação poderia ser "enhanced" por meio da ação da interação-diálogo entre os integrantes do Governo Paralelo (oposição) e do Governo Perpendicular (situação).
O papel das duas divisões do Governo (Paralelo e Perpendicular, ambos nutrindo-se de verbas orçamentárias) deve gravitar em torno da Lei do Orçamento. Toda a discussão da política pública deve centrar-se na discussão da proposta orçamentária que virará a "lei de meios" do ano seguinte. Pois foi aí que entrou em cena o Sr. Boca-Mole, como tenho designado (em debates privados) o Dep. Raul Pont. Desde que o conheci, bem lhe vi este peculiar trejeito, que é o de lançar perdigotos, por -talvez- valer-se da Bola (número retiro em sigilo) entre o canino e o palato. Claro que Zero Herra poderá estar a citá-lo (a nosso ex-prefeito) fora de contexto. Seja como for, a letra impressa diz que diz: "Temos assaltos, mortes, denúncias de corrupção e pessoas na beira da estrada sem terra. Em nome da harmonia temos de calar em relação a isso?"
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Agora, claro que nada disto precisa ser denunciado em nome da harmonia. Em minha visão do funcionamento da sociedade (equação omitida desta postagem), a baioneta deve ser calada é no coração da desigualdade econômica. Isto começa, talvez, com a preocupação dos políticos girando para o lado do conceito de sociedade justa. E a busca da harmonia, do discurso em favor da harmonia e não contra ele/ela (pensar em Richard Rorty), de meios dignos para promover a harmonia que levará à sociedade justa, deve ter como centro de gravidade a discussão da proposta orçamentária.
Beijos políticos.
DdAB