07 setembro, 2010

BERGS e Banrisul: mais do mesmo e ainda mais...

querido blog:
como observamos na foto, não temos acionistas do Banrisul, nem índios gaúchos, nem brasileiros, nem índio de qualquer espécie. vemos, creio, não um índio, mas dois índios da Namímbia. mas sabermos que não são do Banrisul é consolador.

a verdade verídica é que este banco provocou, ontem, certo mal-estar em minha pessoa, tanto é que cheguei a clamar o direito de ser contratado para desenvolver atividades em benefício dos acionistas, ou -o que dá no mesmo- dos efeitos indiretos dos gastos que eu autorizaria em seu benefício. um troço destes. mas o assunto prosseguiu no jornal Zero Hora. e não foi o único.

sobre Fábio Medina Osório, o advogado que foi contratado para processar o governo que trancafiou um suspeito de roubar dinheiro do "banco de todos" (por meio da polícia federal), há uma nota na p.10, da destemida cronista política Rosane de Oliveira:

Notório saber
Contratado pelo Banrisul para estudar e propor ações contra instituições e agentes públicos que teriam causado prejuízos ao banco por divulgar informações sobre a Operação Mercari, o advogado Fábio Medina Osório justificou a contratação sem licitação com três argumentos: a natureza do serviço, que não poderia ser executado pelo Departamento Jurídico do banco, sua notória especialização e a confiança dos gestores.
Embora seja também defensor da governadora Yeda Crusius, Medina garante que foi escolhido pelo presidente do Banrisul, Mateus Bandeira. E atribui as críticas a sua contratação a uma “certa inveja” no mercado.
Embora o advogado Fábio Medina Osório esteja estudando ações judiciais contra o procurador Geraldo da Camino e o delegado Ildo Gasparetto, por supostos prejuízos ao Banrisul, as ações do banco subiram ontem na Bovespa.
ou seja, o advogado Medina "justificou a contratação sem licitação". ontem cheguei a justificar a minha própria contratação, não é mesmo? e por que não a justificaria? ele? eu? não é dinheiro? non olet. prá dizer a verdade, eu não meteria a mão em dinheiro escuso por diversas razões, algumas claramente altruístas e milhares de outras tangidas pelo mais racional egoísmo. altruísmo: não dá prá ver índio pobre (como os da foto acima) sem ter o coração cortado e pensar que, com dinheiro, ele poderia ser subornado a abdicar de sua condição de pobre. egoísmo racional: eu teria que gastar muito tempo para convencer o pessoal de minha família e um expressivo número de amigos, ex-alunos e ex-professores de que "baixar cinco e levantar seis" foi um gesto em benefício público. cada uma destas razões é enfeixada por um ramo com milhares de outras.

quem tem que justificar a coincidência desta contratação por notório saber contestado pela inveja sentida pelo mercado é o presidente do Banrisul, por coincidência, o ex-Secretário de Planejamento do governo estadual. mais ainda, Medina, por pura coincidência, já dizia o jornal de ontem, é o mesmo advogado que defende/u Yeda Crusius, the governor, de acusações de acumpliciamento no caso de desvios milionários de dinheiro do departamento de trânsito, que fazia horrores.

com efeito, ao campear o texto que agora é vendido pelo jornal, achei um link que fala mais em Medina, o que nos leva a outro assunto, também do mesmo. ou seja, mesmo Medina, mesmo governo, mesmos problemas de corrupção. no caso, vi no próprio jornal de hoje, na p.8, uma lista de pessoas que tiveram informações acessadas por um sargento que servia na casa militar da Profa. Yeda, governadora do Rio Grande do Sul. e, na lista, vi o nome de Marco Aurélio Wessheimer, o dono do blog que hospeda o link recém endereçado.

o que não sabemos é se estas pantomimas todas dizem respeito à mesma "guerra de dossiês" que tem na mesma polícia federal a denúncia do uso partidário (para denegrir a imagem da filha de José Serra, Verônica, sócia de Verônica Dantas, esposa -a Dantas- de Daniel Dantas, o banqueiro também envolvido com a polícia por probleminhas de malversasão de dinheirinho publiquinho). não sabemos? eu garanto não saber, apenas juro achar tudo isto ridículo, tudo farinha do mesmo saco, o estágio atual da política partidária brasileira. um cesto de pão feito com farinha do mesmo saco, um ninho de aziaga incompetência a serviço dos interesses escusos. Dilma vai ganhar as eleições? se o fizer, estará sagrando nada mais nada menos do que alcunhei, há algum tempo, de chapa Serra-Dilma, ou seja, a chapa branca, tudo igual tudo saco com o mesmo conteúdo farináceo.
DdAB

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