amadíssimo blog:
seguimos em ritmo de eleições. eu é que me tornei mais terno, por assim dizer, ao procurar ilustração no Google Images para "muares", que era o título que eu queria -e dei- a esta postagem. pois dias atrás andei falando (andei?) em Surabaya Johnny, que parece constituir a expressão original (se é que há original) para a personagem central d'A Ópera do Malandro, de Chico Buarque e Zizi Pozzi, sei lá... pois vim a entender que "Surabaya" é uma cidade da Indonésia. agora, vim a saber que Muar é uma cidade da Malásia. quem nasce na Malásia era malaio, agora foi promovido a malasiano. quem nasce Muar jamais será um lumpurense, sei lá II.
pois bem, caiamos no assunto das grandes burradas da humanidade. na Zero Hora de hoje, há três referências que me comoveram. na p.2, já começou. o Dr. Marcelo Schroeder, veterinário de São Gabriel escreveu uma notinha intitulada "Capitalismo sem capital", que me soube reacionária. ou burralda. furioso com o fato de que a Petrobrás está vendendo ações por conta de um petróleo localizado a 5km da superfície do planeta. em média, claro, pois se o blim-blim-blim está em alto mar e este muda de nível a cada segundo do dia, por causa do romantismo da Lua e suas fases e marés. pois bem, ele, depois de falar em galináceos, ele negou a importância do crédito para o desenvolvimento capitalista, o que o coloca na posição de esquerda (bem entendido, zero à esquerda...) absolutamente pré-capitalista. é evidente que capitalismo se faz com capital, mas não precisa ser o capital administrado pelo proprietário (sendo-o pelos gerentes), como ensinaram-nos Marx, Berle & Means, Djacir Menezes e milhares de outros. acho que ele está mesmo invocado com a Petrobrás por causa da avalanche eleitoral provacada pelo que tenho lido nos blogs como "lulismo".
diferentemente de Hugo Chavez, parece-me que Lula não é ditador do Brasil. não que Chavez o seja, mas -you know. nem o seriam os rapazes legitimamente eleitos, mas também não sejamos burros para pensar que tudo o que é ditador não faz lá sua pantomima de eleger-se. no Brasil, creio que até Dom João VI elegeu-se presidente da república. ou seja, uns dizem que a Petrobrás fez uma jogada momumental, conduzida por nosso Grande Timoneiro. isto também já é burrice. eu não me toco: quinto governo FHC, chapa Serra-Dilma, política no Brasil?
mas seja como for, somos levados a pensar, pois é melhor ter parlamento do que não tê-lo, como o atesta a burrada eleitoral dada há alguns anos pela oposição venezuelana. recusando-se a participar das eleições, a rapaziada permitiu a Chavez que usasse toda sua corda para enforcar-se. ele ainda não o fez, mas acho que não há dúvida que uma inflação de 30% a.a., nos dias que correm, é incomodação certa. o dinamismo da economia venezuelana já é caso de livros de história e o petróleo dura, mas não basta.
política no Brasil? passemos à p.3 de ZH. da pantomima eleitoral, chamou-me a atenção a materiazinha paga por Juliana, candidata a deputada estadual pelo PDT, o partido que seu avô criou para ser presidente da república na repescagem. não conseguiu. mas deixou descendentes, como é o caso de Juliana Brizola e do já deputado pelo Rio de Janeiro cujo nome foge-me agora, como burro descolorido. nada haveria de errado em alguém dizer: "compre o livro de física do neto de Albert Einstein". ou "não perca o novo CD da filha de Gilberto Gil, ministro da Cultura do Governo Lula", ou ainda "o novo romance do filho de Georges Sand está de arrepiar". claro que seria estranho, mas ainda mais é a Juliana dizer: "VOTE NA NETA DO BRIZOLA". neta? fez DNA? e que interessa isto? grande programa de governo para um deputado, uma romancista, como Georges: ser neto de quem se é! eu, em particular, sou neto de meus dois avós, um de pai, outro de mãe, que naqueles tempos a família ampliada não permitia proliferação de parentescos.
política no Brasil? nepotismo? transferência de prestígio, carona nos nomes da família? e que tal um general de 28 anos de idade? claro que pode, nos velhos tempos. hoje em dia, com os exércitos profissionais, este tipo de fenômeno bélico está escasseando. mas não na Coréia do Norte, uma monarquia comunista, como já andei lendo algumas vezes. o mesmo que Cuba. comunismo, meu chapa? só bebendo.
então que têm a ver os generais da Coréia do Norte, os rapazes que podem vir a ter uma bomba atômica para usar como auto-defesa, isto é, transformável em ataque no devido tempo. pois a p.38 do jornal de que falo diz que o filho mais jovem do presidente da república foi eleito general, a fim de poder sucedê-lo, garantidamente nas próximas eleições.
serão eles os sabidos? quem são mesmo os muares?
DdAB
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