07 junho, 2010

Novolíngua e o diploma de jornalista

querido blog:
às 17h09min, ou seja, alguns montinhos de minutos atrás, ouvi na Rádio da Universidade (UFRGS) uma entrevista do presidente do Sindicato dos Jornalistas de Porto Alegre, cujo nome fugiu-me hertzianamente. o que preguei o ouvido foi em seu uso da novilíngua. ele disse que a lei de imprensa do tempo da ditadura militar era vergonhosa. mas que não devia ser "revogada" e sim "substituída" por outra. esta deveria proteger o cidadão. entre as proteções citadas encontra-se alguma coisa do que foi revogado: a exclusividade do exercício das práticas jornalísticas por quem não foi feito "dentro dos bancos escolares".

nem quero falar do banco ao lado do fogão de minha velha casa de Jaguari, repleto de lenha, mas deste toço de que a formação do jornalista dá-se apenas na escola, a do economista, a do médico, a de sei-lá-mais-quem. a novilíngua é brabo! hoje acabo de ler (ou ontem?) alerta do Mr. Steve Jobs que, ou começamos a vender softwares e informação hoje encontrada livremente na rede ou nos tornaremos um país de blogueiros. bueno, eu não via nada de errado nem com os Estados Unidos nem com ourselves em tornarmo-nos um país de blogueiros. e que diria o presidente do Sindicato?

bem, ele já fez suas retóricas: disse que, no Brasil, todo nascido vivo é jornalista. pensei, claro, alardeia (herald???) sua condição com urros, sangue e lágrimas. também é cidadão, também é consumidor, também é pilhas de coisas. é, naturalmente, analfabeto e aí voltamos ao jornalista defensor dos direitos da "classe". cada uma! banco escolar ajuda mas não cura analfabetismo. nem jornalismo. agora, obrigar um neguinho recém nascido a enfurnar-se num banco escolar também já é retórica! e que terá encontrado o presidente lá dentro de seus bancos escolares que ficou tão agradecido e sensibilizado?
DdAB
captura da imagem: novo língua, deu algo como "ano novo, língua...". e temos o que segue acima..., ou seja, não tendo sido removido de cima segue onde sempre esteve, relativamente a este "abaixo". e isto é menos confuso do que a novolíngua(...)^2. veja: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYCuKS07tLmeR733cfUIyvNuovazGl8uzDmtOMdrHHObrSVn0CwfvCEEOOXbgpzG5w0LAaliBuQh09SMiaP4cndkHOse13RLr3Q5QJLGT4y3jeNQYJmM1utLF-TVbXdtqUcOUJLq3JXQry/s400/collage5.jpg.

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