21 janeiro, 2015

Petrobrás, Privatizações e Precificações


Querido diário:

Naquele tempo, tem um trecho de um artigo de Stanley Fischer, o macroeconomista com ideias estranhas sobre a sociedade, que pode ser útil para colocarmos parâmetros naquela asserção que eu sempre fiz ao lecionar Introdução à Economia. Ao invés de falar sobre "o que produzir" - canhões ou manteiga - como primeira questão fundamental da economia, eu falava em uma rede que distribui alimentos e outra que distribui gasolina. Em outras palavras, pelo menos tão cedo quanto dez anos antes do artigo de Fischer sobre privatizações, eu manifestava meu descontentamento com a inversão de prioridades observada na economia brasileira.

Pois então. O artigo de Stanley Fischer carrega o nome de "Privatization in East European Transformation" e apareceu no NBER Working Paper No. 3703 de maio de 1991. Diz-nos ele, ao falar sobre as privatizações, como observamos no título, do Leste da Europa daqueles tempos:

Small firms are being privatized by sale very rapidly. The strategy then turns to larger industrial firms, which are to be corporatized as soon as possible, moved out of the shelter of the ministries that now in principle control them, and put under the direction of corporate boards; at the next stage the intention is to distribute shares, through sale or free transfer, to some combination of current workers in the firms, current management, mutual funds, holding companies, banks, insurance companies, pension funds, citizens, and the government.

E que tem a ver a Petrobrás com isto? Tem porque tem! Volta e meia, sugiro que a ONU ou alguma outra organização de respeito reúna todos os ativos dos governos mundiais (para não falar em outras propriedades, como as próprias repartições públicas, os mares, as posses selenitas), envolva-os em um pacote de capital, divida em ações atribuindo uma a cada terráqueo nascido ou por nascer, intransferível e que lhe ofereça rendimentos certos, inclusive dando-lhe (ao proprietário) o direito de alugá-la a terceiros por prazos de no máximo um ano, com direito a renovações (ainda não sei se pode incontáveis renovações ou apenas um número fixo).

E os meninos de rua? Terão milhões de curadores interessados em meter a mão em sua fortuna.

DdAB
Imagem aqui. Pedi "crianças norueguesas" e veio esta linda imagem de crianças na Nova Zelândia mostrando uma "bicicleta" ecologicamente correta, que vai crescendo com a criança! Não era para expandirmos este tipo de criança e ecologia para brasileiros e africanos? Os demais sul-americanos? A turma dos lower 1% dos USA?

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