15 janeiro, 2015

Monsanto, Starbuck E Por Aí Vai...


Querido diário:

Por sempre ter sido considerado estranho, decidi confrontar o que me parece representar a realidade econômica do Brasil contemporâneo da forma como capturei no trabalho que fiz em coautoria com o prof. Joal de Azambuja Rosa e até além dela, como salienta o primeiro daqueles dois "aquis". Em minha visão, exposta em diversas postagens aqui neste blog, aquela ideologia industrializante que tomou conta dos países subdesenvolvidos latino-americanos em resposta ao famoso artigo de Raúl Prebish distorceu a alocação de recursos em tudo que é canto, especialmente dizendo-nos respeito o que ocorreu no Brasil.

Em minha visão (que não está no texto com Joal), a única explicação para a enorme concentração da renda ocorrida entre, digamos, 1950 e 1970 foi essencialmente causada pelo "esforço industrializante", levando com ela a enorme participação do governo no PIB e a duplamente escandalosa distorção nos preços relativos intersetoriais.

E sempre falei que, com tanto café, levei duas surpresas em minha vida recente. A primeira foi que a Starbucks não é uma empresa brasileira. Segunda: não fomos capazes nem de imitar a iniciativa americana e tentar abrir uma rede de cafeterias worldwide, isto é, especialmente na China. "Não fomos"? Eu, claro, não fui, não sou empresário, não sou assessor ou consultor de empresas.

E nossa Monsanto? Seria a Embrapa? E que foi feito dela? E que a ideologia industrializante pode ter com isto? Tudo. Aqui só se pensa em indústria, só se pensa em Jean Baptiste Say: a oferta cria a própria demanda.

DdAB
Imagem daqui. Não lembro quem me sugeriu que deveríamos ter a "Universidade da Mandioca". E claro que também a da madeira, a da cana de açúcar, e por aí vai. Sem falar na química das cobras e dos lagartos. Mas o neo-desenvolvimentismo vai impedir. Aqui, querem eles, apenas indústrias e tatus.

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