26 junho, 2012

Indivíduo e Cidadão: visão de Marx

Querido Diário:
Na p.30 da Carta Capital de 27/jun/2012, há um artigo de Luiz Gonzaga Belluzzo intitulado "Os juízes e a democracia." A certa altura, ele tem um parágrafo, que transcrevo, mas não consigo identificar 100% onde começa ele e onde cita-se Karl Henrich Marx:

Na Crítica da Filosofia do Direito de Hegel, [... Karl Marx...] dizia: "Na sociedade burguesa, a contradição suprema se estabelece entre o homem real, ou seja, o indivíduo egoísta, e o verdadeiro, ou seja, o cidadão "abstrato". O entrechoque entre o homem "real" e o homem "verdadeiro" é mediado pelo conjunto de direitos produzidos historicamente pela luta social e política dos subalternos. Por isso, "a democracia não é a última forma da emancipação humana, mas a forma mais avançada da emancipação humana dentro dos limites da organização atual da sociedade."

Claro que vou atrás, vou ver o que é mesmo que diz Hegel para motivar Marx a fazer-lhe a crítica. Projeto de 10 anos, ao que suponho. Por enquanto, vou ficando com o título da postagem. A diferença entre indivíduo e cidadão é fundamental precisamente para pensarmos na ação egoísta, por contraste à ação altruísta.

Mas há muitas coisas além desta tecnicalidade. Outra é que também podemos falar em individualismo metodológico, precisamente ao aquilatarmos o que se quer dizer com entrechoque entre homem real e homem verdadeiro. Por fim também é razoável pensarmos que temos aí drágeas do que hoje se chama de economia dos contratos, uma vez que se tornam salientes os direitos de propriedade o produto da luta social e política entre -lá venho eu- vassalos e suseranos.

DdAB
Imagem deste interessante blog: aqui. PCdoB, hein? Feuerbach, Engels?

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