14 abril, 2011

Cachorradas: Brasília, Uruguay e Passo Fundo

querido blog:
eu ia postar hoje com o título "Fervilhando", como o fiz no outro dia, para falar de vários assuntos que atazanaram minha leitura de hoje de Zero Hora, como sabemos, o ponto de minha agenda para entender "o que vai pelo mundo". nem falo da defesa -que concordo- feita por Rosane de Oliveira do tratamento dispensado à Paula pelas autoridades chinesas, por ter esta acompanhado sua mãe, a presidenta do Brasil. diz Rosane que é a mesma coisa que carregar um marido. e a gente, machista, acha que quem tem que ganhar lanche grátis é a mulher do presidente, nunca pensara na filha da presidenta.

pois bem. em Brasília, o senador José Sarney conseguiu alguma notoriedade sobre o cadáver das crianças cariocas e seu algoz, o Wellington, propondo novo plebiscito, referendum, sei lá, sobre a proibição de armas na república. e a OAB já deu o diagnóstico que me faz a cabeça: estão desviando o foco dos verdadeiros problemas: a criminalidade e o tráfico de armas. não acho que seja atributo de um gênio de porte entender que aquela palhaçada que ocorreu anos atrás e que venceu "sim, queremos armas" tenha contribuído para o que quer que seja, a não ser para as finanças da macacada envolvida em organizar o diabo do referendum, emitir cédulas, campanha na TV, todo o circo eleitoral. na época, meu ponto era muito simples: nem sim nem não. o problema é a pergunta. o que não queremos é criminalidade nem tráfico de armas. mas sabemos que, se não houver políticas escorreitas, o tráfico de armas vai acontecer da mesma forma como hoje acontece para os abortos, a maconha, a erva de são-joão e sei lá que mais. meu diagnóstico científico a respeito do assunto é: "uns abobados".

pois bem número dois. no vizinho país do Uruguay, em que fui assaltado na Rua San José, a que imortalizou o -por isso mesmo- imortal tango "Garufa", houve um plebiscito para indagar se a sociedade uruguaia queria anular a lei que a milicada de lá fez isentando-se dos crimes que perpetrou sob a alegação de estar combatendo o comunismo, os tupamaros, aquilo tudo. dizque 10 anos depois rolou outro plebiscito, pois acharam que a função de preferência social se havia alterado. perderam novamente. a negadinha não queria revanchismo, retaliação, queria seguir seu curso de vida normal, tratanto -imagino- dos problemas mais sérios. agora, o senado da república aprovou uma lei não plebiscitária anulando o plebiscito. dizem que a câmara dos deputados também aprovará o revanchismo e depois o José Mujica Marins, ou o que seja, vai sancionar. eu fico apenas pensando: senta, que o leão é manso. ou melhor, bem sabemos que o leão não era manso, mas havia certas condicionantes no orador, desejando que o povo se comportasse "as if".

por bem número três. de Passo Fundo vem a notícia de que um professor foi fotografado (filmado?) por um desses telefoninhos de presença indesejada dentro da sala de aula conduzindo uma aluna, pela axila (?) a seu assento convencional. a aluna alega que estava caminhando pela sala para depositar um chiclé na cesta do lixo. o professor não queria que ela o fizesse, chegando a sugerir que a guria vive levantando e sentando, numa atividade de testagem de vincos de calças, se é que as usa. a mãe da garota já denunciou o professor na polícia. eu já vou denunciando a guria de 11 anos: sofrerá ela de ncontinência locomotora? não seria melhor darem-lhe "serviço externo", ou seja, deixá-la caminhar livremente por outros locais que não a sala de aula?
DdAB
a imagem já veio há muito tempo da Internet e se chama, merecidamente, de Full Cry. presumo que não seja dos caçadores, nem do posto ao solo pelo muro, mas da pobre raposa (que não posou para o pintor).

3 comentários:

Tania Giesta disse...

Duilio: dei muitas risadas ao ler tua postagem hoje, principalmente no episodio do Professor de Passo Fundo, apesar de triste...Lamentavel a atitude do mestre,nao importa o que a aluna fez ou deixou de fazer, ele não poderia ter safaneado-a ...nada justifica a agressao cometida e o trauma causado.O educador ensina atraves do exemplo...Cabe a ele ter auto-controle e ter dominado a situação...num caso assim : evite o confronto e desvie!
Faltou-lhe inteligencia emocional!!!
Abraços

Tania Giesta disse...

...o riso continua...ao observar a gravura, pois a ânsia do caçador era tanta para abater a raposa que acaba "esburrachando-se" ....BEM FEITO!BEM FEITO! BEM FEITO! Risos

... DdAB - Duilio de Avila Berni, ... disse...

é verdade, Taninha. em ambos os comentários, gostei do verbo derivado do "safanão". mas não posso deixar de pensar no estresse que leva as pobres vítimas a serem safenadas: a raposa e o professor... no caso do professor, lembrei-me de um filme (Marlon Brando? Rod Steiger?) em que um detetive descontente com o status quo vê um auxiliar, ao investigar a denúncia de que um carro foi vandalizado, prender o negro (dono do carro), deixando o branco (vândalo) livre, pois jamais imaginou que um negro pudesse ter um carro zerinho. o professor já foi pré-julgado: tem que resolver os problemas da cachorrada sem maltratar a raposa!
DdAB
DdAB