querido diário:
estou postando como "economia política", mas não seria descabido falar em "vida pessoal", que são dois de meus "marcadores". o terceiro chama-se "escritos", como sabemos. na vida pessoal relato fatos, interpretações e reflexões de natureza menos social do que nos demais. nos "escritos", também, mas na "economia política", trago reflexões que me foram impostas pelas lentes (ciência econômica) que escolhi para interpretar o mundo.andar pela esquerda, talvez, seja uma recomendação "pedestre" para as presentes eleições. não deixo de lembrar que andei falando em:
.a. quinto mandato FHC, que -na verdade- é o mandato permanente do FMI
.b. chapa Serra-Dilma.
ainda assim, hoje estou comemorando, com certo júbilo, dois eventos:
.a. a "neutralidade" de Marina da Silva, donatária de 20% dos votos do primeiro turno. ela foi minha candidata preferida nos debates e detalhes que vi e capturei do primeiro turno destas eleições presidenciais dos Estados Unidos do Brazil (para usar o nome da república consagrado na primeira constituição, do século XIX; Getúlio é que mudou para Brasil e a milicada tascou República Federativa, não foi isto?). pois bem, em certa medida, os programas do trio Marina-Serra-Dilma não são propriamente programas de direita. mas -menos ainda- são programas de esquerda. o messianismo -talvez autêntico apenas para Marina- é um absurdo. o encaminhamento da questão do aborto dado pelos candidatos (induzidos por suas claques) é melancólico. o moralismo terá o custo de 10 milhões de vidas de mulheres e não de crianças, como criminosamente alguns sugeriram. fetos não são crianças. aborto é uma questão feminina. Dilma e Marina têm direito de opinar, ainda que se espere que não sejam subordinadas a opiniões conservadoras. eu e Serra deveríamos calar a respeito. ou melhor, o aborto não deveria ser obrigatório, caso em que cada mulher deveria sentir-se livre para fazer o que bem entende com seu corpo. aborto é, como andei espalhando num bar da Rua da República, assunto de comadres.
.b. o raciocínio do deputado Chico Alencar (or whatever) do PSol de algum estado brasileiro (não quis levantar-me desta cadeira computacional e buscar o jornal na sala contígua, tudo chez moi). raciocínio irreprochável. ele diz que não podemos sequer pensar em anular votos ou votar em Serra. a aliança se faz pela esquerda e não pela direita. Serra por si só é um desenvolvimentista. o problema com ele é que as forças que foram ativadas por Fernando Henrique Cardoso, fazendo a grande aliança do PSDB pela direita é que são intragáveis. ex-PFL, DEM, Índio Vargas? cá entre nós.
obviamente o critério não é evitar de votar em ladrão. quem sou eu para condenar a gatunagem? llogo eu que, como lembraremos, sou o fundador do MAL*, que é um movimento destinado a recomendar que esqueçamos o passado e comecemos, a partir da lei do orçamento de 2011, a ter administração pública honesta. e que fazer com os ganhos patrimoniais espúrios, como os do sr. Paulo Pretto? tascar imposto de renda neles
ande pela esquerda. use estas placas, sempre que tiver dúvidas. conduza seus amigos pela esquerda. defina o que é esquerda. no caso presente, estaremos mais perto de um governo de esquerda deixando Lula (o representante dos governos FHC III e FHC IV) dar as cartas sobre a inclusão social por meio do Programa Bolsa Família, torçamos (eu, claro, não iria escrever "rezemos") por sua substituição pela renda básica universal e, mais que ela, pela criação da Brigada Ambiental Mundial. ande pela esquerda. vote em Dilma!
DdAB
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