senhor blog:
tenho acompanhado as crônicas políticas do prof. Benedito Tadeu César em Zero Hora. hoje na p.5, ele fala em "Reformas estruturais", onde lê-se:
[...]
O número de servidores públicos do governo central no Brasil é inferior às necessidades e fica aquém do padrão internacional. No Brasil, o número de servidores é de 5,32 por mil habitantes, nos EUA 9,82, no Canadá 10,97 e na Coreia 11,75.
[...]
A carga tributária brasileira é mal direconada, além de excessivamente alta. Quanto menor o rendimento do cidadão, mais imposto ele paga.
claro que fiquei pensando em mil coisas. a primeira é minha adição à ideia da renda básica universal e serviço municipal (às vezes designado como Brigada Ambiental Mundial). penso que, na sociedade ideal, todos terão direito à renda básica e a um suplemento para trabalhar no serviço municipal. ou seja, penso que o colchão do desemprego estará alojado no próprio setor público, pagando-se com a prestação de serviços comunitários.
agora, há uma obviedade: a estrutura tributária brasileira, por carregar nos impostos indiretos, onera os mais pobres. tinha que mudar. a chapa Serra-Dilma, assim que eleita, deveria angariar os perdedores, a fim de dedicarem tempo a fazer a verdadeira reforma tributária do país. os governantes deveriam, para tanto, definir qual o nível de gasto que desejam. este nem sequer precisa ficar adstrito aos 100%, do PIB, como vivo afiançando, a partir dos dados do coeficiente de abertura da Malásia. (meu caso é contábil e não mais que isto). hoje a carga tributária, calculada pelo IBGE e o IPEA, seguindo a metodologia da ONU, é de 35%. e muitos enlutam-se por constatar que este ano seu rateio já permite calcularmos que foram gastos R$ 1 trilhão do PIB em impostos.
claro que este número apenas faz sentido, se pensarmos no que se deseja gastar. para mim, um trilhão foi pouco, dado nível de carências que vejo a meu redor nesta maviosa cidade. assaltos, meninos de rua, ambos. por outro lado, a p.26 do mesmo combativo (do lado errado) jornal fala que
As operações de crédito do sistema financeiro tiveram em setembro expansão de 1,8%, na comparação com agosto, informou o Banco Central. Com isto, o total de empréstimos concedidos pelos bancos somou R$ 1,6111 trilhão ao fim do mês passado.
obviamente estas duas estatísticas devem ser consideradas simultaneamente, quando desejamos fazer algum julgamento sério sobre algum tema sério. os tributos são vazamentos ao fluxo circular da renda, ao passo que o crédito representa uma injeção de meios de pagamento no sistema, elevando o montante das transações interinstitucionais e, como tal, como as aposentadorias e outras transferências, exercendo papel positivo sobre a expansão da renda, desde que não se esqueça que M * V = P * Q. quer dizer, tira e bota e tira e bota etc.. o setor público não é grande nem pequeno. depende do que se quer com ele. e, claro, um setor público muito pequeno, nos países pobres e de renda média, é corrupção certa. e grande também, mas o segredo é conseguirmos a varinha de condão do gasto decente. só com o orçamento universal.
e ainda por cima, peguei esta imagem deste site.
DdAB
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