Querido Blog:Não sei exatamente que figura é esta que lancei acima. O fato é que pedi ao Sr. Google Images algo sobre "gerar produção" e ele lançou-me esta belezinha gráfica em primeiro lugar. Pensei que poderia ser um fractal: padrão que se repete infinitamente para baixo e para cima.
Por isto mesmo é que lembrei do padrão do morador médio do bairro Menino Deus. Uma coroa, da rua de cima da minha, ficou indignada quando falei que todos temos direito à renda básica. Ela disse que, a seu ver, quem ganha renda básica passa o dia inteiro diante da TV comendo batatinha em pacote. Não lhe indaguei a fonte desta teoria da "caloria baseada em evidência", algo assim. Seja como for, o que tentei dizer é que todos gostam de lazer e poucos gostam de trabalho.
Se a sociedade pode oferecer um nível razoável de bem-estar (inclusive muito lazer) a seus apaniguados, não haveria razão para ela começar a inventar trabalho apenas para manter a mente ocupada. Mente se ocupa com TV, música, esporte, produção de arte, pesquisa econômica, pesquisa biológica, tracking, jogging, frescobowling, e por aí vai.
Se a pergunta é: "o que é importante, gerar produção ou valor adicionado?", parece que não precisa nem responder. Queremos -lógico- valor adicionado, mas este não se cria, se não houver produção. Claro que produção requer função de produção e um argumento até hoje não negligenciado é "emprego". Mas, insisto, para gerar produção e valor adicionado, cada vez são necessários menores contingentes de trabalho.
Uma vez que os trabalhadores detentores de altíssima produtividade que habitam o planeta desde, pelo menos, 1901, não há razão para eles negarem um prato de comida para as crianças e os velhos. E nem para os desempregados, loucos e criminosos. E, mundo do altruísmo escandaloso, para políticos. E por que precisa de mercado de trabalho? Nâo há -que se saiba- outro mecanismo mais eficiente para a geração de produção de bens não-livres do que o mercado. Mas isto não significa negar que os trabalhadores, além de sustentarem crianças, políticos e outros entes irresponsáveis, também sustentam a produção de bens públicos. Ou tu pensas que a iluminação pública não precisa de dinheirinhos para ser gerada?
DdAB
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