14 setembro, 2009

Perfeito igualitarismo: no mundo da lua...

Querido Blog:
Ainda estou impressionado com a questão do "ambos os dois". Agora ocorreu-me outro exemplo também aritmético. Claro que preciso evocar o conceito de média: se a temperatura externa é de, digamos -15g centígrados e a do "pormão", como diz o gaúcho, do pinguim é de 27.000g centígrados, então suas bafejadas saberão (saberão, Lourdette?) a puro fogo.

A tabela a seguir resume meus pensamentos sobre as aplicações revolucionárias do conceito de média:

PIB: 2,5 trilhões de reais
Ordenados dos juízes e demais desalmados: R$ 27.ooo mensais
Equivalente populacional igualitário: 92.592.593.

Em outras palavras, se a distribuição da renda na sociedade brasileira fosse perfeitamente igualitária, haveria 92,6 milhões de almas recebendo, cada uma delas, R$ 27.000 anualmente. Ou seja, a população de 1970, ano do tricampeonato. Eu falei em tricampeonato? Eu disse: "anualmente". Ou seja, ainda precisaríamos dividir esses 90 milhões de inação por 12, levando-nos a 7.716.049 indivíduos. Ou seja, os juízes adorariam viver numa sociedade perfeitamente igualitária, caso ela tivesse a população do Chile, um troço destes.

Esses invejados R$ 27.000 também equivale a 54 trabalhadores que recebem o salário mínimo, já revigorado. Com um salário mínimo de R$ 500, a sociedade também poderia tornar-se igualitária se a alíquota média do imposto de renda fosse de 0,9999999. Tá bom, né?

Eu sempre manifestei-me favorável ao voto voluntário. E, em minha opinião, quem ganha 54 vezes mais do que um trabalhador comum deveria ter seu voto nas eleições valendo 54 vezes os dos outros, não é mesmo? Ou, se não for assim, devemos deflacionar os outros, multiplicando-os por (1-0,99), ou algo parecido.

Como se diz no campo para cachorro comedor de ovelha: "só matando!".
DdAB

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