queridos blogueiros:
há alguns anos, li o livro "Hiperspaço", de Michio Kaku, em que ele argumenta -para expandir minha lista de dificuldades de entendimento- que o espaço tem nove dimensões, e fala desenvoltamente sobre elas. para mim, ou tem as três euclideanas, ou tem infinitas. esse negócio de quatro eistenianas ou nove kakéticas não me convence. até já falei desdobramentos de E = m x c^2 por aqui. e tem gente que não entende que se
E = f(m, d, t),
então, por exemplo,
t = g(E, m, d),
não é mesmo? o fato de não atinarmos com elas não as impede de existirem, como é o caso dos ácaros que, provavelmente, esãto sendo destruídos por meu sistema pulmonar neste preciso instante, aspirados que foram do espaço euclidiano da sala em que hora digito.
segue-se logicamente que a p.1 do caderno "ZH Digital" tem-no -ao Michio- na capa, um estilão filmes (que não vi) Harry Potter, respondendo pelas garrafais: "Físico do Impossível; abre janela para o futuro." uma vez que amo o futuro, li a materiazinha curta, de assinatura de Vanessa Nunes e resumo:
.a. no futuro, todos viveremos mais,
.b. nossos corpos, inclusive os cérebros, serão analisados por chips e câmeras permanentemente,
.c. também nossos dejetos corporais serão permanentemente analisados, as doenças serão antecipadas por meio deste tipo de instrumento diagnóstico até antes de se formarem, particularmente, o câncer, e também -já vou inventando- as cefaleias, as azias, as febres, essas coisas)
.d. duas pessoas habilitadas em línguas diferentes poderão conversar, fazendo-se acompanhar de traduções simultâneas (em tempo real), tipo projetadas numa tela na linha do Schwartzenegger's "Exterminador do Futuro",
.e. o grande problema será a privacidade de nossas vidas, pois as máquinas poderão ler nossos pensamentos e precisaremos de softwares de bloqueio, como os firewalls contemporâneos,
.f. os robôs substituirão trabalhadores em atividades repetitivas.
Agora começam a falar mais de meu lado economês:
.a. "Os profissionais do futuro [...] terão de oferecer algo que robôs não têm: imaginação, criatividade, talento e experiência."
.b. "A riqueza não estará em commodities, mas sim em capital intelectual."
E agora cutucaram meu lado roqueiro futurista: "Máquinas não podem criar rock and roll."
segue-se logicamente:
.a. precisamos da renda básica universal, para que a sociedade propicie existência digna para aqueles indivíduos "sem imaginação, sem criatividade, sem talento e sem experiência." parece evidente que estamos chegando na hora de uma transformação radical nas regras da distribuição do excedente econômico entre as diferentes instituições da sociedade, como as famílias, o governo, as organizações não governamentais, os países amigos (exportações, importações) e as empresas domésticas (investimento). ou seja, o que prevejo é o racionamento dos "profissionais", para que todos possamos sê-lo um pouco ao longo de nossas ainda mais longas existências. em outras palavras, o incentivo para alguém atuar "profissionalmente" será dado mais pela honraria que a sociedade vai conferir-lhes do que pelo pagamento em dobrões de ouro. haverá, claro, dobrões de ouro, medalhas, etc., mas ninguém poderá ser convidado a falecer, a fim de melhorar o desempenho das "contas públicas". viveremos na sociedade da abundância [ergo, o que está sendo feito com a Grécia não está no mapa],
.b. se hoje podemos ouvir música feita por máquinas, tu só imagina o que será deste trade daqui a 1.000 anos. não digo que as músicas dos robôs sejam melhores do que as dos melhores humanos, mas é certo que a música média do robô será melhor do que a média dos humanos. e tudo o mais. basta ver o que aconteceu com os jogos de salão (cartas, poker, damas, gamão, xadrez): os programas de inteligência artificial são campeões de tudo. e também de diagnósticos médicos, análise de crédito, de previsões econômicas e de tudo o que não sei, mas que são, lá isto são.
DdAB
abcz (joga no grêmio o vivente?)
2 comentários:
Professor,
vejo que vc acordou muito inspirado hoje. Não sei se estas tuas consequências lógicas de fato seguem das premissas (teria que fazer muitas contas para descobrir, e estou meio enferrujada...). Mas que elas são inventivas, criativas e visionárias, com toda certeza são. E isso me leva a concluir que vc seria um desses caras que teria a honra de trabalhar no futuro.
Bye,
Brena.
oi, BP:
não notara nova mudança de imagem! a evolução é um fato concreto. minha lógica é que, de escorreita, passou a escorregadia... segue-se logicamente que David Hume (não foi ele?) jurou-nos que não podemos garantir que o futuro chegará.
DdAB
Postar um comentário