querido diário:
meu ponto fundamental é que "aborto é assunto de comadres". em outras palavras, aborto é um assunto que não pode ser decidido por homens. quer fazer aborto? é homem? tem que calar a boca! quer fazer aborto? é mulher? bem, então que conversem entre si. na campanha eleitoral de 2011, em que sagrou-se vencedora, como previ, a chapa Serra-Dilma (com um programa de governo assemelhadíssimo, nas propostas), parece que a facção Serra andou acusando a facção Dilma de ser aborteira. claro que a própria Dilma negou, dizendo que aborto é assunto de saúde pública.
se é mesmo que são 3 milhões de casos por ano, não há dúvida de que estamos falando de endemia (ou, como parece que hoje os sanitaristas referem, pandemia). é uma vergonha que tanta gente faça aborto. gente mulher. é uma ofensa ao postulado da racionalidade. a menos que dê prazer, é de suspeitar que estas pessoas femininas estão cometendo um erro de avaliação sobre sua verdadeira função de utilidade. principalmente, se considerarmos que também se contam aos milhares as senhoras e senhoritas que morrem ao tentar fazer os abortos fornecidos pela indústria que trata do assunto. aborto, como falei, não é assunto de homem, enquanto problema do que a mulher deve fazer com seu próprio corpo. por contraste, o problema econômico do aborto é assunto do economista. o problema médico é assunto do médico, o problema religioso é assunto do religioso, e assim por diante.
tudo que falei acima tem a ver com o artigo de Cleber Benvegnú publicado na p.15 de Zero Hora de hoje. o Clóvis, minha gente, divergiria de minha sentença acima, pois -para ele- "[...] a assustadora comparação [feita pela nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres] do aborto com o HIV, o crack, as drogas, a dengue e todas as doenças infectocontagiosas [é] a mais fria redução do feto humano que já vi. Não querer reconhecê-lo como vida [...] é a postulação que já reúne muitos adeptos."
pensei: tem imbecil para tudo. inclusive um clube que não quer reconhecer o aborto como vida, claro. este não é o caso do articulista, nem de bilhões de mulheres que sabem que carregam no ventre "vida". o ponto, portanto, não é o da destruição de vida e sim de embrião. claro que destruir feto é o mesmo que destruir vida. mas destruir vida é feito por mim, neste preciso instante, ao inalar o ar que me circunda: bactérias, fungos, sei lá que mais. a diferença entre "embrião", "feto" e "bebê" tem tudo a vê, se rimo com mau verbo. obviamente, ninguém (exceto a macacada a favor da pena de mortes, que no final das contas se converteria -absoluta e relativamente- em pena de morte para pobres) é a favor da morte de bebês. nem de "fetos". mas a questão se coloca, neste aspecto, do aborto de "embriões".
bem, o artigo deste Benvegnú é um horror, pois recende a moralismo desde as primeiras letras. e diz que os/as aborteiros/as (a ministra, entre eles/elas). olha só o que disse o vivente: "Para além das palavras, [a mensagem da ministra] propõe uma assimilação do aborto como prática corriqueira. E ressoa no sentido de naturalizar o combate ao feto. Pobre e indefeso feto."
é de chorar de pena e ódio de um "advogado e jornalista" deste porte. confunde embrião com bebê? embrião e feto é certo que confunde. está por fora do assunto, tomando carona, fazendo eco ao deputado da bancada evangélica que tachou a mnistra de "aborteira". é de chorar. todo político é ladrão. mas tem muita gente de outras profissões que também descamba para o lado da imbecilidade.
de minha parte:
.a. aborto é tema interdisciplinar, podendo ser tratado até por burros
.b. decisão sobre fazer aborto é absolutamente indelegável da mulher que carrega, indesejadamente, um embrião e decide "tirar".
DdAB
esta imagem está aqui. e nada tem a ver com o incentivo do aborto para impedir o nascimento de imbecis, como é o caso dos políticos (incluindo os juízes que ganham seus R$ 400 mil mensais).
2 comentários:
E você chama o cara de imbecil? Em primeiro lugar, vai aprender a escrever. Você se acha inteligente e e é produto do politicamente correto manipulado pelo esquerdismo mais bocó e burro que existe em nosso meio. Dããr pra você! Cresce, rapaz, vira adulto. Deixa de ser usado.
Quem me lê:
apenas hoje (26/jun/2014) é que vi este comentário, ou seja, 2,5 anos atrás. Que posso dizer? Que não sou produto desse "politicamente correto", pois fui eu mesmo que o inventei!!! Ademais, aparentemente sou eu mesmo que também manipula o esquerdismo e não vice-versa. Também vejo que o Anônimo chegou tarde, pois não apenas virei adulto, como cheguei à terceira idade, hehehe. E sobre ser usado, penso que já fui ultra-usado, ultra-jado e até ultra-violetado.
DdAB
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