Querido Blog:Estarás reproduzindo a tradicional imagem de Allan Kardec que selecionei para esta postagem, depois de um dia inteirinho distante de teus laços? Se nada mostrares, voltarei, mas deixarei para sempre registrada esta inquietação que me assalta a alma, que tentei ver o que se vê, mas vejo-me inviabilizado. Depois retifico, se for o caso.
É preciso que eu dê muita explicação. Primeiro, no Dia da Criança, ganhei de presente uma viagem ao Mini-Mundo, atração gramadense voltada à petizada (é...) de todo o Brasil. Claro que, na sociedade desigual, não estamos falando nos meninos de rua. Mas, como não é meu caso, lá estava eu, em Gramado. Na volta, ainda na estrada, li um dos artigos assinados da p.18 de Zero Hora. Não é mau artigo, mas não vou dar-me ao trabalho de buscá-lo, pois tampouco está próximo de ser algo verdadeiramente interessante. Não sou contra, ainda que o autor -declarado filósofo- diga coisas que ou são óbvias ou são um tanto naïves. Seja como for, ele diz (e não digo que o tenha dito literalmente, mas quem o ler, vê-lo-á...), em 1890, Karl Heinrich Marx (05/05/1818-31/03/1883) escreveu "ditadura do proletariado".
Pensei que fosse Allan Kardec, que -morrendo em 1869- já poderia já estar ditando "do Alto" mensagens acolheradas com o emergente marxismo-leninismo-stalinismo. Múltipla heresia, pois quem morreu em 1890, além de milhões de "gatos na China", foi Vincent van Gogh, pintor pontilhista dos mais celebrados nos dias que correm. E nasceu em 1890 o também celebrado Egon Schiller e mesmo o famoso bar da Rua da República, chamado de Ossip, ou melhor, não foi o bar que nasceu mas o pintor que lhe inspirou aos donos o nome. Sabê-lo-á a mesóclise o que o Google servi-lo-á para a cultura inútil?
DdAB
3 comentários:
Prof.: suplico por uma aula! Foi mesmo o Karl o primeiro a falar em DdP (ditadura do proletariado)? Ou foi Vladmir, o Lenin, em "O Estado e a Revolução"? Assim me ensinaram e, como jamais reli dita obra, sigo na dúvida. E dúvidas maiores me assaltam quando meus alunos exigem saber a diferença precisa entre socialismo e comunismo. A confusão se instaura: misturo a granja de Orwell, com falanstérios (Fourier) e cottages (Engels), vilas militares no Acre e condomínios no Menino Deus e me pergunto: onde esteve/estará o verdadeiro comunitarismo? E essa visão infantil do mundo como maquete - tudo pequeno, tudo repetido, tudo controlável - é metáfora ou só fantasia divertida? Help!
Em tempo: pra mim, a verdadeira utopia é "uma por dia"!
Em tempo 2:postagem,claro!
meu amado professor:
dizem que "postagem adiada é postagem perdida". entendo a sabedoria da assertiva, pois -teria dito o Sr. Cazuza- "o tempo não pára". esta assertiva foi mudada para "talvez o tempo não pare e, se não mudarmos a grafia dos dicionários, os meninos de rua poderão 'empoderar-se'e apoderar-se da Cidade dos Meninos."
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