Querido Blog:
(imagem capturada com "william" + "stigler" + "shakespeare")
Tendo recebido a visita de "Anita" (sem perfil no sistema Google, dois acessos ) duas vezes com gentis e eruditos comentários, decidi fazer um resumo da controvérsia que muito me honra. No comentário da postagem de ontem, ela fez-me lembrar desta letra imortalizada pelo taquaremboense Carlos Gardel de um interessante tango "Lo han visto con otra". Dizem -mas não fui eu quem ouviu- que, em Taquarembó, os nativos temem é ser vistos:
.a. com um terceiro "lo he visto con otro",
mas principalmente
.b. consigo mesmo: "lo he visto mui autista".
As possibilidades de .b. teriam sido exploradas por J. L. de Borges como "se vió a charlar consigo mismo". E também por William J. Shakespeare: "I've seen myself in the mirror of my soul". Por fim, William Stigler Maughan teria dito "the mirror saw my soul itself", intrigando-me até hoje o que ele quis dizer com "itself". Falar consigo? Consigo falar? Falo, falei, falarei, mas não far-me-ei calar.
Em outras palavras, qualquer pensamento sério terá milhares de formulações, variantes e correlações. O épico final da letra (words) em exame apenas faz-me lembrar (an affair to remember) que "o bandoneón é a alma (soul) do tango." Eu sempre preferi a interpretação da banda "Os Incríveis" (The Unbelievables), que encaixava o dístico -diziam- "só o amor constroi", ainda no tempo do acento agudo no "ó".
DdAB
Nenhum comentário:
Postar um comentário