20 outubro, 2009

Desviando do mundo do dodô do documentário

Querido Blog:
Hoje tenho uma postagem provocativa, no sentido vulgar da palavra. Sigo com o livro Marca-d'Agua na alça da mira, que nem sei bem dizer o que é isto de alça da mira. A cultura tem limites. E o dodô? Disse-me Antonio Callado (ou foi outro antônio?) que o dodô foi liquidado por ratazanas evanescentes dos navios portugueses aportados em Madagascar (ou foi outra ilha, outros marinheiros, outros navios?). Mais detalhes podem ser encontrados na Wikipedia de Portugal, ambiente do qual recolhi a figura acima. E a abaixo veio do Google Images, em que vemos um padrão que se repete, ainda que o dodô propriamente dito tenha sido extinto...
E que terá isto a ver com Joseph Brodsky? Tem, no sentido de que ele, na p.12, faz-se traduzir como:

No fundo do selvagem Adriático...

um verso de um poema de Umberto Saba. Não gosto de cacofonias, colisões, silabadas. Mas inspirei-me a escrever a frase do título da postagem de hoje. Num concurso oficial, ela não iria mal, ainda que este "dodô" seja golpe baixo, mas mundo do dado do dodecaedro, essas coisas também são mal ajambradas... E tem mais, por exemplo, no finzinho da p.41, em que o tradutor meteu um "gigantesca cama". "A inhaca cacareja" seria minha retaliação...

Seja como for, o que quero dizer é que há muita coisa que não explorei ontem no livro sobre Veneza, inclusive uma que outra intuição que tenho sobre como seria a expressão original em inglês para alguma que outra coisinha. Por exemplo, na p.28, "[...] sou escritor; por ofício, porém, sou um acadêmico, um professor universitário." No caso,fiquei imaginando que este "por ofício" seria "by trade", expressão de que gosto bastante por sei lá que tipo de diabos de razão inconsciente, ou simplemente, porque é um sentido não usual para nós brasileiros que esta palavra recebe. Amanhã falarei mais.
DdAB

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