Querido Blog:
ao procurar "criminalidade animal" no Google Images, deparei-me com o de cima, o mais bonitinho, mas também apareceu o de baixo, punição animalesca.
ainda seremos todos vegetarianos. a onivoridade é apenas uma idade... idade da escassez, da luta desesperada pela sobrevivência em que se engajou o chimpanzé antropóide, seu canibalismo e seu infanticídio. agora, enforcar um porquinho é casca grossa. eu até concebo o dia em que as naves das dimensões superiores (ver postagem de ontem) poderão ter arremedos de carne, tudo de transmutação material a ser feita em máquinas que semelharão em tudo os atuais "matinsets", ou muito me engano. ou seja, comeremos "carne", em lembrança a nossos antepassados e costumes abomiáveis, mas deixaremos em paz todos os demais animais.
refletindo sobre estas questões, digamos, hiperoréxicas, vim a pensar que a natureza animal que nos determina tem dois capítulos:
.a. bichos (alinhados em árvores) e
.b. gentes (ainhadas em grafos) subdividas em
.b.1 animais
.b.2 normais.
o restante da postagem de hoje pré 'p.s.' diz respeito aos animais humanos. como sabemos, todo político é ladrão, o que nos leva a pensar do que seria a administração pública brasileira se esses animais (classificados em b.1) fossem substituídos por verdadeiros funcionários públicos. quero dizer, sabemos que a teoria do estado de alfa microeconômico permite formularmos o vetor de ação do funcionário público (e também o do político) como
V = a x A + (1-a) x E
onde V é a ação, a é um coeficiente que varia entre zero e a unidade, A é o índice de altruísmo e E é o índice de ação auto-interessada.
no caso do político, é sabido que "a" tem um valor baixíssimo, praticamente nulo, se considerarmos estimativas que andei fazendo para o Brasil contemporâneo, daí a legenda "todo político é ladrão", premissa maior de um silogismo que meu programa de inteligência artificial criou uma noite dessas num bar desses. por contraste, é mais fácil de envolvermos a comunidade (watch dogs e outros animais) em um programa que faça "a" elevar-se substancialmente, ou seu arremedo, de sorte que a ação egoística torne-se -por meio de incentivos materiais- inconfundível com a ação A, resultando em forte componente aparentado (indistinguível) da ação voltada ao bem comum.
não tenho mais grandes dúvidas de que o elemento de ligação entre a ação comunitária e a ação dos funcionários públicos altruístas (ou que agem "como se" fossem altruístas) é o orçamento público universal. o MAL* (Movimento de Anistia aos Políticos Estrela, isto é políticos ladrões, isto é, todos) é um imperativo para impedir-nos de perder tempo combatendo moinhos de vento: do jeito que as coisas andam, é mais fácil vermos bois voando do que voleurs (diria Lourdette) atrás das grades. animalescos.
tenho a impressão de que, no Brasil, a ditadura militar, buscando o apoio da sociedade civil, abriu um leque de alianças com indivíduos dotados de baixíssimos valores de "a", que vieram a constituir os partidos que deram apoio aos governos militares. no afã de controlar o aparato burocrático do estado (epa, um jargão), eles -milicada- investiram os alfa-baixíssimos a encararem os cargos em comissão, a política como meio de vida, essas coisas. mas não podemos atribuir tudo o que de errado ocorre no Brasil à ditatura militar ou à televisão, pois a ditadura getulista e os arroubos intervencionistas daquele tipo de governo foram um estorvo para a consolidação da democracia. serviço militar obrigatório, voto obrigatório e empresas estatais não podem levar a um inferno menos desagradável do que a vida na periferia brasleira contemporânea. e isto mesmo com a sagração do Brasil como país olímpico, graças aos ingentes esforços do companheiro Lula. vejamos se, em alguma competição, haverá algum senhor egresso de famílias situadas nos 10% inferiores da distribuição da renda.
seguindo com o ideário destinado a mudar o mundo e construir o governo paralelo, o financiamento público das campanhas políticas: dinheiro para candidato apenas por meio de transferência do partido. doação a partido feita apenas por pessoas físicas, que a pessoa jurídica não tem natureza animal descrita por árvores ou grafos conhecidos. o setor público precisa prover bens e serviços públicos e de mérito. neste caso, ele precisa:
.a. fornecer informação
.b. fornecer fiscalização.
as corregedorias, os watch dogs dentro das repartições públicas é o canal. e o canal dos cargos em comissão é a linha que leva à porta da rua. renda básica para eles e empregos decentes para detentores da renda básica que queiram engajar-se no serviço municipal.
como sabemos, o MAL* está ajustando sua campanha para alcançarmos:
.a. honestidade daqui a 20 anos e
.b. administração pública decente daqui a 50 anos.
talvez deva ser o contrário: sem o milagre de remontarmos a ação pública hierárquica, isto é, o funcionalismo público, não teremos honestidade nunca. eu mesmo agora vou colocar duas colheres de água no copo de cachaça (ou seja, falsificar) que decidi ingerir para ler Zero Herra.
DdAB
p.s.1: nem tudo de errado você verá em ZH: na p.22, o companheiro Dominique Strausss-Kahn, diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, incorporou a proposta da Editora GangeS para a criação do Banco Central Mundial, como você pôde ver em "Eu sou..." da coluna a sua direita (que eu sou de esquerda...).
p.s.2: mas não durou muito o bem-estar provocado pelas duas colheradas de água devidamente diluídas: na p.44, vemos um caminhão-fora-de-estrada mergulhado no Arroio Sutil entre o município (de Dom Feliciano) e Chuvisca (se é que Chuvisca não é um verbo conjugado). fiquei pensando: caiu a ponte cuja foto Zero Hora mostra? lembro-me que uma vez -em Jaguari- vestimos um porco de terno e gravata, demos-lhe um guarda-chuva e o fizemos pular por um pontilhão do tipo do que a prefeitura de Dom Feliciano ofereceu a sua população para cruzar o Sutil. ele apenas disse: "é brabo nadar de poncho [o que era, obviamente, falso] e mergulhar de guarda-chuva". não sei se é ele mesmo que se elegeu prefeito. afinal, todo político é ladrão, nada falei sobre "porcão". o maior atentado à eficiência na administração pública é que não há rotinas nem para saber se os pontilhões porcinos ainda aguentam ferro, not to speak da remoção daquela favelinha no município de Três Coroas em que quase atropelei um menino -vim a saber- de três aninhos, andando em sua bicicletinha além do acostamento da estrada, buscando colisão com meu velho automóvel Astra (bom de freio, devo acrescentar, pois todos salvamo-nos). só bebendo!
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