Querido Blog:
Que seria de nós, se o Inspetor Clouseau chefiasse o MAL*? Já andamos de mal-a-pior, se não exagero nos lugares comuns. Sendo o MAL* -como é- o Movimento pela Anistia aos Ladrões Estrela, que dizer do encaminhamento ao pedido de impeachment da Profa. Yeda Rorato Crusius, legítima governadora do estado? E que dizer do parecer da deputada Zilá Breitenbach, correligionária não apenas de Yeda, mas também de minha turma trespassense? E que dizer das declarações do deputado Ronaldo Zülke, que chamou (p.6 de ZH)
[...] o documento de chapa branca e reconheceu que o pedido de impeachment deverá ser arquivado.
-Se as provas viessem logo a público, talvez um ou outro deputado da base cedesse e votasse contra o arquivamento.
Eu queria ter selecionado uma efígie bem bonitinha do vovô Cerveja, um troço assim, um simpaticíssimo velhinho propagandeando a Oktoberfest de Blumenau, pois parece que voltamos à situação que me atormentou durante a campanha pelo referendum à questão do uso de armas:
.a. claro que não pode usar armas
.b. claro que não pode proibir.
Agora temos:
.a. claro que a Yeda não poderia ter sido eleita governadora (nem, by the way, Padilha, deputado ou Simon, senador)
.b. claro que não deve ter o mantado cassado (nem o Collor, pois é senador do mesmo jeito...).
Este é o ponto básico do MAL*: vamos parar de zombar, vamos abandonar o estilo ginkana de fazer política, o estilo programa de auditório de conduzir os processos de agregação das escolhas coletivas. Por que os deputados simplesmente não começam a trabalhar e cessam com os diferentes tipos de saques às burras, como dizia o também inesquecível governador Ildo Meneghetti ("poluidor da vida", como li numas pedras da chachoeira do Caracol, em Canela, em -digamos- 1973)? No wonder, os juízes (R$ 27.000) disseram que os demais juízes (R$ 27.000) que não queriam a lei que proíbe as carroças como terceirização do mercado de reciclagem de lixo estavam errados. Quem quer emprego decente, o que não quer carroças ou o que -como eu- jogaria essa macacada (exceto os cavalos) a estudar as primeiras letras, depois as demais, assim por diante, formando palavras, aproveitando para contar "um", "dois", "três" etc., depois ensinar-lhes-íamos o "zero", sentenças, verbos, Excel, dar-lhes-íamos formação em artes, esportes, elevaríamos a FNB-felicidade nacional bruta, fazendo-a ao estilo growth and distribution, ou seja, forçando o Gini da felicidade ser o menor possível, pois nosso modelo "com inveja" disque a FNB cresce em linha com a desigualdade, ou seja, a linha com inclinação negativa (frase ininteligível por um papeleiro), ou seja, se y é a felicidade e x é o gini, teremos:
y = a - bx
sendo a e b constantes positivas... Parágrafo eivado de confusão? Não, não, não! Precisa ficar claro que, se -ao invés de impeachment a Collor- tivéssemos criado um sistema decente de orçamento universal, já teríamos alcançado a felicidade. Meglio stassera.
Meridianamente esclarecedor para mim é o mau noticiário a que sou submetido pela dupla que selecionei (à falta de outra substantivamente melhor): Zero Hora e Carta Capital. A "Carta" queixa-se muito da "mídia nativa". Eu também. Já pensei em mudar-me de revista dela para a "Época", da rede globo. E de Zero Hora para a "Folha do Porto", um free paper que não lhe parece dever nada em matéria de viés editorial. Será que a "Folha do Porto" faria melhor do que o Herr Zülke, esperando que Sellers apareça -no último ato- com uma daquelas testemunhas bombásticas que leve o auditório ao delírio e, como tal, empuxe a campanha do impeachment, alije o PMDB do poder, eleja Tarso e o Brasil da Copa do Mundo, da Olimpíada, da situação e da oposição e do Gini=0,55 prossiga exatamente como sempre foi: a rubbish bin.
DdAB
p.s.: estou há anos embasbacado com o que poderá estar explicando o crescimento no emprego brasileiro sob o governo Lula. No wonder, o magic president tem 80% de aprovação do peuple. No wonder, ainda chego a postar 40% do total em anglais ou francês ou tutti quanti. No wonder não sei se 80% exclui 100% dos upper 20%, pois conheço uma velhinha da Rua Botafogo (upper 20%) que odeia o Programa Bolsa Família
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