Querido Blog:
Um dia, dei-me conta de que, a cada dia, fico um dia mais velho. Felizmente, trata-se de um processo pontilhista do qual nem Shakespeare nem Oduwaldo Vianna Filho ("Eles não usam black-tie, mas deviam!") escaparam. Not to speak of Francisco Brennand. Tão maravilhoso é o trabalho deste artista que disse-que-disse: "Ai, que vontade de dar o cuatá à mão humana!" que devemos louvar o dia em que ele tomou a decisão de fazê-lo. Seu site ("seu"? "site"?) é: http://www.brennand.com.br/, que recomendo vivamente.
Ok, já que estamos falando em sites, que me dizeis de ouvir a Accuradio em:
http://player.accuradio.com/player/slipstream/accuclassical/?channel=classical&sub=SubChamber
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Mas não foi só isto o que disse Brennand. Haverá, na parede da memória, traços de que ele teria dito, numa entrevista à revista Veja (e se iluda): "Preocupar-me com o envelhecimento? Não adianta, a menos que pudéssemos pegar o tempo e amarrá-lo num poste." Disse-me Fausto que tentou fazê-lo e o poste (de ferro) apodreceu e o tempo libertou-se novamente. E eu, que preciso saber da tua vida?
DdAB
2 comentários:
Dear Profesor Bêrni: se existem coincidências, esta é notável. Creia o Sr. que ainda ontem estive revisitando o site de Brennand.
I love Brennand!! Me lembro que, da primeira vez que visitei o atelier/fábrica que ele mantém no Recife, mesmo sob o impacto da beleza e monumentalidade das obras ao redor, o que mais me impressionou foi - juro! - a figura do artista: a cabeça branquinha, o olhar meigo, quase um papai-noel. Quem diria que ali estava um homem capaz de tanta força! Vi-o através da vidraça que isolava sua sala de trabalho: estava debruçado sobre a prancheta, rabiscando sabe-se lá o que e, ao fundo, havia fornos em atividade.
Tive a felicidade de revê-lo (em suas obras) quando da reinauguração da Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro, nos idos de ...
Bem, mas não foi o tema do tempo que me fez voltar, agora, a Brennand. Na verdade, estava - como o Sr. também faz - buscando ilustrações para outros escritos.
Como não me é possível inserí-las aqui, vou tentar remetê-las por outro endereço eletônico.
Caro Ellahe:
Sensibiliza-me o comentário, a coincidência, a pluralidade de suas viagens. Por sinal, sobre viagens e a língua de Cervantes, escrevi certo que "el tiempo passa" com dois "esses"? O certo é que se tivesse alguém escrito "but not mutch" teria errado.
DdAB
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