13 junho, 2014
A Copa do Mundo e as Expectativas de Mudança Política
Querido diário:
Já nem preciso mais citar a fonte. Há fontes, dezenas de fontes, muitas. Um bom número de espectadores da copa do mundo e do espetáculo circense em que se transformou a política brasileira diz que a hora de darmos a resposta para os desmandos governamentais (executivo, legislativo, etc., etc., etc., lembra?) será nas eleições de outubro.
Eu fico rindo sozinho. E faço a primeira previsão: ganhe quem ganhar, haverá uma trégua nas manifestações até, digamos, o 100o. dia do novo governo. Ou seja, em abril ou maio de 2015, tudo começará de novo, com ânimo redobrado, com frustração redobrada.
Sei bem que meu voto tem probabilidade baixíssima de mudar o resultado eleitoral (presidente, governadores) e um pouquinho desprezivelmente maior para deputados e mesmo senadores. E também sei que este "paradoxo eleitoral" resolve-se com a observação de que não voto para decidir eleições, mas para ser visto votando. E que tenho feito votando?
.a. andei anulando o voto e depois votando no PT, o que me parece mais ou menos a mesma coisa...
.b. depois do plebiscito das armas e mensalão passei a abster-me de votar
.c. depois me arrependi de não ter votado na Dilma, mas acusava a existência da chapa Serra-Dilma
.d. aí votei para prefeito (juro que não lembro, talvez mesmo tenha anulado o voto ou até votado no Fortunati [que vi o dístico na prefeitura designando-o como furtonati]
.e. e que farei em outubro?
Em outubro:
.a. seguirei bebendo
.b. seguirei sem esperança
.c. votarei no PT.
Pode? Só bebendo... A contradição é tão espantosa que sigo esgrimindo o mote "abrace a política, sufoque um político".
DdAB
Contraditório, eu? E este "gelo pegando fogo" aqui?
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