28 março, 2014

Capital dos Carta: Irã, Brasil e Alemanha

Querido diário:

A Carta Capital datada de 25/mar/2014 tem nas p.30-37 sua reportagem de capa assinada por Gianni Carta, em minha opinião um repórter qualidade "Carta" (ver aqui postagem com o elucidativo título de "A Carta que Bebe", era o número 695). Estamos agora no ano XX e número 792 da revista de R$ 10,90. E que lemos na p.32?

O próprio aiatolá Khamenei observou, em novembro, como a tomada da embaixada [americana em 1979] foi necessária para pôr um fim à espionagem americana, capaz de incomodar também a líderes de países como Brasil e Alemanha.

Ele fala da invasão da embaixada americana em Teerã, que durou de 4/nov/1979 a 20/jan/1980. O presidente da república do Brasil era o general Figueiredo, líder do Brasil e lacaio de Moscow. Nos Estados Unidos, o líder e lacaio de Moscow era Jimmy Carter. E na Alemanha? O líder era o perigoso anti-americano Helmut Schmidt, que apoiou (só por farra...) a instalação de mísseis nucleares made in USA na Europa.

"So what?", diria o aiatolá. Mas o que eu digo é que o sr. Carta cometeu um erro do tipo non sequitur. A segunda parte da sentença desloca-se da primeira por 35 anos! Em novembro de 2013 ocorreram coisas que nada têm a ver com a invasão da embaixada americana. Por contraste, por aquela época, ou seja, 35 anos depois daquela tragédia diplomática, o governo americano chegou mesmo a irritar a dupla Dilma-Ângela por ter recebido denúncias de espionagem dos países amigos. Quem viu aquele "A Carta que Bebe" pode desconfiar que Gianni não queria dizer o que saiu impresso. Ou ele viajou novamente para um futuro que dará razão a este tipo de associação? Só faltou, nesta postagem, o marcador "Besteirol".

DdAB
Um bebê que bebe na carta? Aqui.

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