24 abril, 2012

Friedman, a Entropia e o Inacessível Óbvio


Querido diário:
Esta postagem não é totalmente esotérica, inclusive pelo motivo exotérico de carregar o conceito de entropia, um dos mais difíceis com que já me defrontei. Pudera, eu mesmo vivo um processo comandado por ela. ou melhor, no curto prazo, exerço o poder de reduzi-la localmente, mas globalmente no longo prazo ela será vencedora. Na mesma linha de complicação, luto há anos com outras demonstrações difíceis, como a do teorema do ponto fixo, a do teorema da impossibilidade de Arrow e o teorema minimax de von Neumann. Ok.

Comecemos com duas ideias geniais de Milton Friedman que me levaram a admirá-lo e admirar-me com a humanidade: como pode neguinho sacar estas obviedades e apoiar a ditadura de Pinochet.

Primeira ideia: se existe uma taxa de desemprego que aumenta a inflação e outra que a reduz, então deve existir uma terceira taxa que mantém o desemprego em sua taxa atual. parece tão simples, especialmente depois de enunciado desta maneira.

A segunda ideia é: se quem ganha bem paga imposto de renda, então quem ganha mal deve receber imposto de renda. Como ele diria: as simple as that. E este raciocínio é o precursor do projeto da renda básica a que eu aderi, assim que vim a entender do que se trata: justiça distributiva.

Pois bem: comecemos a evadir-nos do marcador "Economia Política". Então passemos ao marcador "Escritos". Parece que "entropia" quer dizer um negócio de "quanto menos energia, menos movimento e, como tal, mais estabilidade desordenada". Por outro lado, sabe-se que a entropia está aumentando desde o Big Bang. Então pode-se conjeturar, como o faz Roger Penrose (ver) que, antes do momento zero, a entropia era ainda menor do que no Big Bang. ok. finis Africae.

DdAB

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