09 dezembro, 2011

Sonho de Valsa

querido diário:
Sonho de Valsa não é um pássaro. nem um avião, nem um supercruzador sideral (como o Galactica). nem um bombom, uma barra de chocolate, uma esfera perfeita. Severiana Rezende Pereira (ver) chamou-a, para simplificar o diálogo com Salviano Salvador do Solstício, de nave. Sonho de Valsa, portanto, é uma nave. ainda assim, não é uma nave convencional, pois rola como uma gota de mercúrio e é fluida com a esteira de uma patrola deslizando sobre azeite de oliva de 0,001% de acidez. tão harmônica quanto um concerto para cordas de Mozart ou uma natureza morta de Cézanne. Sonho de Valsa não é deste mundo, viaja a velocidades estonteantementes maiores do que a da luz e nem precisa de luz para mover-se, pois usa um código de dois bilhões de dígitos que a faz como que "ver" seu presente, passado e futuro. este, claro, sempre associado a probabilidades, que -sabe-se bem- o universo é acomodado pela teoria dos 50%-50%, ou seja, "tudo pode ser, mas apenas uma coisa é, ou foi, ou está sendo."

ao meio-dia, Salviano e Severiana encontraram-se para almoçar. ele trajava cores simbólicas e ela usava um gorro que a fazia parecer-se como se vinda de não-se-sabe-de-onde. seus robôs encarregaram-se daquela tradução implausível há dois ou três bilhões de anos, mas perfeitamente fluida naquele momento. ou seja, suas ações comunicativas, além das aclimatações e estabilizações constantes das

...
DdAB
p.s.: o texto concluiu-se assim, abruptamente, como a soma de 2+2.
p.s.s.: a imagem é, claro, da Galactica.

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