14 dezembro, 2011

O Pivô do Caso do Pivô


querido diário:
a postagem com o título acima:
.a. não tem erro de embaralhamento
.b. tem tudo a ver com o marcador que a -com certa redundância- identifica, ou marca.

sabemos que há pelo menos dois sentidos para a palavra pivô. o primeiro, meu velho conhecido, origina-se do jargão dos jogadores de basket-ball e suas posições na quadra. que fazem eles tanto tempo? não sei.

o outro é um chuveirão usado para irrigar as lavouras. ele gira, lança jatos de água. estes descrevem trajetórias parabólicas e, com estas duas peculiaridades, encharcam o terreno que ficaria -otherwise- seco.

segue-se logicamente que, um dia destes, a mesma personagem do fato que narrei ontem contou-me que caminhava pelas ruas do aprazível bairro Menino Deus da aprazível cidade de Porto Alegre, quando percebeu à distância a ação de um pivô, destes proibidos em épocas de seca - como é o caso. o pivô molhava as plantas, comme if faut, mas também jogava água na calçada. então o mendigo, que não estava para banho nem respingos ("já chega os da chuva", confidenciou-me ele), declarou-me ter calculado "mais ou menos" até onde a água poderia ir sem molhá-lo e adotou precisamente a trajetória que nasceu em seu cérebro e que o livraria da molhaçada, inclusive de pisar na poça que a água já fizera na calçada (que havia um buraco não sanado pelo prefeito da cidade).

disse-me ele que isto nada mais é do que explorar a teoria da escolha racional em todo seu explendor.
DdAB

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