19 novembro, 2011

Parole, parole...

querido diário:
no final do sábado, acho tempo para algumas digressões sobre a palavra. ia dizer "palavra humana", mas sei que aí já entraria em várias controvérsias: haverá palavra não humana? então entro: os macacos bonobo, se lembro, teriam um vocabulário de 10 palavras. os chomskianos dizem que isto não é língua. eu não me vejo ameaçado por isto, pois entendo língua como sinônimo de comunicação. e, neste caso, abelhas e macacos se comunicam, deixam e recebem mensgens, muitas delas fazendo a diferença entre a vida e a morte.

também lembro o que, se bem lembro, disse Umberto Eco: "o importante é conceber a história; as palavras virão naturalmente". por falar nele, tá aqui ele! mais ainda, ele, Eco, disse que deveríamos falar todas as línguas do mundo. acho brabo, pois tenho razões para crer que, se vivêssemos horizontes realmente dilatados de tempo, cada um criaria sua própria língua, com seus androides, suas máquinas e mesmo seus amigos. todos iríamos comunicar-nos com todos por meio de máquinas tradutoras. um troço destes.

por simples consequência lógica, no outro dia, fiquei perdido entre "solipsismo" e "solipcismo". realmente, não sei de onde tirei o "com 'c' ". se pensar, fica óbvio. solo-sozinho ipsis: auto, próprio. mas não era isto, pois a inguenorância é a instância perene. eu pensara que havia algo de figura de linguagem nestas paragens. e aí vim parar em "tropo", que é -se bem reflito- "mudança". e aí achei-me: esrutura e mudança são a base do abc da economia do desenvolvimento. uma estrutura mostra como as partes de um todo se articulam para dar-lhe forma. mudança na estrutura requer que entendamos como as partes se tornaram independentes e como voltaram a se articular.

para sábado?
DdAB
e a linda imagem é do lindo site.

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