20 janeiro, 2011

Política de Governadores

querido diário:
busquei a expressão com "." acima no Google Images. sem muito esforço, caí neste instigante site (aqui). nem lembrava mais que o café teve tanto poder no Brasil. se bem lembro, em 1954, por lá, campeonato de futebol da Alemanha, essas coisas, o PIB industrial passou, pela primeira vez o agrícola. se bem lembro, o agrícola não era PIB, mas valor da produção. se bem lembro, o IBGE refez estimativas e parece que il sorpasso deu-se ainda no final dos anos 1940. se bem lembro. como sabemos, o primeiro teorema da idade assevera que "nunca fui tão velho quanto hoje".

no tempo do café e da política dos governadores, estes mandavam. hoje, mandam tanto governadores quanto ex-governadores. a imoralidade instaurada há mais de 25 anos (uns 35, se o teorema da idade não é severo sob o ponto de vista da perda da memória...). parece que foi no tempo da ditadura. parece que, desde então, ninguém teve o peito de mudar este tipo de fator indutor do atrabiliarismo. ocorre que tem uma lei que diz que ninguém pode ganhar mais de R$ 30.000 reais por mês, ou melhor, nenhum funcionário público.

ao mesmo tempo, ocorre que todo mundo (a elite) ganha, e até mais, fora o por fora. todo político é ladrão, como sabemos do primeiro silogismo da política. a acumulação de aposentadorias e pensões para qualquer funcionário público é revoltante. e para o político é apenas um atestado de seus genes larapidários. diz a constituição da república que não se pode rebaixar os ganhos de ninguém. diz? não li esta parte. e se diz devemos levar a sério, pois foi ditada pelos políticos, isto é, ladrões? devemos levá-la a sério? claro que não. o que devemos fazer é começar a baixar pau, pau e pau. exigir que tudo mude, esta roubalheira acabe, as compras de café e posterior queima também acabem, a moralidade seja restaurada.

e, para começar, enquanto não mudarmos estas leis que beneficiam as classes altas, podemos mudar apenas uma: a tabela do imposto de renda que, by the way, não foi alterada, para desagrado da colunista política Rosane de Oliveira da "Página 10" de Zero Hora de hoje. claro que a tabela deveria ser mudada. quem ganha R$ 3.000 mensais deveria ser isento de imposto de renda. quem ganha 10 vezes mais, ou R$ 30.000, deveria defrontar-se com uma tabela de alíquotas decentes, digamos, chegando aos R$ 33.000 com 98% de taxa marginal. e não recuar até os 99,99999999999999999999999999999999999999999%, pois a falta de vergonha destas elites, o pacto de saque, é tão profundo que eles poderiam fixar-se estipêndios de 999.999.999.999.999.999.999, a fim de levarem para casa apenas R$ 34.000 (cálculos aproximados...).
DdAB
p.s.: isto que nem falei nas enchentes.

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