31 janeiro, 2011

Acarajés ou Carijós no Brasil Meridional

 
querido diário:
diria neguinho (como não mais iria nossa presidenta Dilma Rousseff) que esta garota de Bortero não seria Miss Universo por terem-lhe dado excessivas doses de acarajés durante a primeira infância (e todas as demais, acrescento). sempre que falo em acarajé, lembro de Gonzaguiinha e os índios acarajés -teria concedido ele- ou carijós. os carijós -aparentemente- campearam pelas cercanias do litoral gaúcho. mas não seriam dados ao consumo de acarajés, sei lá. concretamente, Marta Rocha ou Adalgisa Colombo, uma delas, talvez ambas, foram desclassificadas num concurso de miss, por exibir dissonância acarejífera. o fato é que Marta Rocha também é o nome de uma torta ultra saborosa e, como tal, ultra engordante.

quem come acarajés em excesso será levado/a a portar duas polegadas a mais (precisamente o diâmetro de ume espécime que encontrei enterrado dentro de um guardanapo numa festa de aniversário de um aninho de uma criança a que compareci há alguns anos, gerando dissonâncias acarejíferas nas ilhargas) nas ancas, na barriga, sei lá. concretamente, não sei se foram os ônibus (que teriam andado comendo os acarajés) ou os caminhões (estes com excesso de drogas alimentares) que cresceram. o fato é que um viaduto sobre um estrada que acaba de ser inaugurado deixou meio metro (na metragem dos viadutos, um cacarejante acarejão) a desejar, ou seja, os rapazes que planejaram a obra, os que a executaram e os que fiscalizaram o planejamento e a execução não se flagraram que faltaria altura para a passagem do tráfego sob o viaduto.

sempre penso, nestes casos, nos afamados restauratnes de Moscow, que -atendendo a legítimos anseios da classe trabalhadora protegida pelo Partido Comunista- fechava em horários de refeições, para que seus trabalhadores não nutrissem sentimentos de inveja com relação aos felizes comensais. tornavam-se, portanto, comensais eles próprios, os garçons, caixas, faxineiros, provedores de a la minutas, queste cose. em minha opinião, a única saída é a lei do orçamento ter, digamos, valor legal. mais que isto, a única saída reside na profissionalização dos funcionários públicos. pouco profissonal, por exemplo, é a declaração de um dos envolvidos, salientando que, se houvesse mais meio metro de altura na rampa de acesso, os espelhos retrovisores iriam visualizar objetos indesejáveis, o que seria -concluiu triunfante- indesejável. e outro teira lembrado que a altura do viaduto é perfeitamente compatível com o voo de espaçonaves de qualquer porte, o que não as impede de sobrevoá-lo à vontade.

duvido que engenheiro não saiba usar teodolitos, aquelas geringonças que hoje podem ser substituídas por câmeras, sei lá. duvido que tudo que é engenheiro envolvido naquela obra seja incompetente. mas já vejo diferenças substantivas no caso da corrupção. quem se corrompe não é o engenheiro, mas o indivíduo que pode portar diploma de deputado, engenheiro, secretário de obras ou, simplesmente, secretário de um partido político.
DdAB
p.s.: esta imagem é de: http://www.overmundo.com.br/banco/mulher-tamanho-g-episodio-dois. Bortero é um gênio, inspirou um restaurante na Rua João Alfredo, que não resistiu à pressão da inveja de um xis-frango bem ao lado.
p.s2: de onde vem o nome do xis-frnago, este informal infrator do código de higiene da Corte Internacional de Haia? creio que, por analogia ao "fango", ou barral, na língua gauchês, de origem castelhana.

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