Querido Diário:
O mar não está para peixe. Praticamente este deveria ser o título do blog, uma vez que é o comentário que mais me ocorre quando se trata de fazer postagens. O delfim da foto é uma alegoria ao Prof. Antonio Delfim Neto, figura polêmica da história econômica e política do Brasil. Quem sou eu para falar nele, que tão pouco leio? Mas, desde que me tornei assinante de Carta Herra, ou melhor, Carta Capital, que também herra, como "ela", comecei a lê-lo com circunspecção. E gosto! Most of the time.
O de que não gosto é da nova ortografia. Mas ela, se bem entendo, proibe de escrever "constrói", forçando-nos (exceto o Mr. Delfim, como observamos na p.52 da "Carta Herra" desta semana. Que mais diz ele? Muito interessante - disponível em:
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=4555
Acesso em: agora.
Quando há maior liberdade de movimento de capitais cria-se um mercado financeiro, muito mais ágil e musculoso na especulação e na arbitragem, que envolve toda sorte de inovações financeiras. Neste mercado global, que incorpora o comercial e o financeiro, a taxa de câmbio (ou melhor, o dólar) transforma-se em um ativo financeiro cujo preço se ajusta instantaneamente, independentemente das condições do mercado comercial. É por isso que pode haver uma divergência entre a taxa de câmbio comercial, que acelera o crescimento econômico e o emprego, e a taxa de câmbio global. Esta obedece às conveniências da especulação e arbitragem financeira, dependendo dos lucros que oferece aos agentes.
Parece que este é o mundo a concretizar-se no futuro não muito longínquo. Esta visão delfiniana evoca o que tenho pensado sobre, se me faço entender, duas inovações institucionais:
.a. renda básica mundial
.b. seguros contra tudo, inclusive contra as débacles financeiras internacionais, pois teremo-las ("teremo-las"? isto é coisa que se escreva? por sinal, "constroi" não tem acento mesmo?) enquanto houver economias monetárias, ou seja, por muito mais tempo do que imaginava o Sr. Karl Menger.
DdAB
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