querido blog:
nos tempos em que eu era professor titular (quer dizer, não estava nem na reserva, nem aposentado), fiz propostas de melhorar o curso de graduação em várias universidades, todas derrotadas. esclareço: todas as universidades e todas as propostas. não exagero, não é exagero, talvez seja radicalismo, mas ser radical não é, repito, ser exagerado.
derrotado em menos reuniões plenárias encontra-se meu curso de doutorado em engenharia de negócios. cansado de ver M.B.A.s em várias instâncias acadêmicas (ciências & técnicas), achei que o melhor mesmo era pularmos para o D.E.N., ou seja, o doutorado em engenharia de negócios. a proposta essencial era tomar um menino de rua, dar-lhe uma bolsa de estudos e começar a desasná-lo. o teste de classificação e o de titulação requereriam uma prova (cada um deles) manuscrita, versando sobre conhecimentos gerais. em três horas de duração, poderia ser feita em casa, desde que jurada a honestidade e trazida a bibliografia em anexo.
além disto, haveria possibilidade de realização do curso virtualmente. na prova, o exame de caligrafia seria anexo, isto é, se não dá de ler não dá de corrigir... o pagamento seria feito pelo Tesouro Nacional, seria uma forma de evitar que o menino de rua vivesse na rua, sendo que ele passaria a ser chamado de menino de aula, ainda que pudesse viver em outros alojamentos, caracterizados por cortinados diversos do céu de anil.
as disciplinas seriam:
.a. no ciclo básico: caligrafia, quatro operações, ditongos, essas coisas. e também: como estudar. e também como dominar impulsos, em particular, o impulso de valorizar mais o lazer do que o estudo.
.b. educação terminal: português, inglês, matemática, geografia, ciências naturais, ciências sociais (inclusive a história e a psicologia).
.c. educação sustentacional (que dá emprego): como fazer planos de negócios, matriz de insumo-produto da empresa, sistemas de informações gerenciais.
tudo foi derrotado. vamos relançá-lo?
DdAB
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