17 dezembro, 2008

Reforma Política

Querido Mr. Blogger Man:
Postagem de economia política a esta hora? Sim, é que tenho compromisso às 8h00 e, assim, tenho, a partir de agora, 26min para concluir esta postagem que se inicia de maneira burocrática. Sorte que sou bom datilógrafo, graças ao SENAC.
A quem vem a frente dos vereadores contra pegágios?Diz a Zero Hora que a Governadora do Rio Grande do Sul, Senhora Professora Mestre/Vanderbilt Yeda Roratto Crusius desistiu da idéia de prorrogar por mais 15 anos os contratos de pedágio que o estado mantinha com ladrões. Era a aliança espúria entre estado e mercado. Ladrões? Claro: das maiores empresas de elevada margem bruta no RGS (lucro por unidade de faturamento), despontavam as donas dos pedágios. Lucros extraordinários baseados em concessões públicas? Claro. Furto, claro, fortunas espúrias, claro. Roubo de merendas escolares? Claro. Pandilhas!
E os vereadores? A proposta de reforma política brasileira que parece andar bem é outro descalabro de louco-de-dar-nó arrancar os cabelos, que dizer de defensores da sociedade igualitária? Que vereadores têm a ver com esta reforma? A exemplo dos governos militares, que achavam que o processo eleitoral tumultuava a vida civil, agora os ínclitos deputados desejam criar nova coincidência de mandatos. Possivelmente, para não legislarem em causa própria, vão prorrogar os mandatos dos vereadores em mais dois anos, like the military men, my dear Mr. Blogger Man. Vai rolar uma frente contra a prorrogação dos mandatos?
Lula fala em legalizar o aborto (li ontem). Diz ser contra, mas que a sociedade deve discutir. Acho que ele -Lula- vai é aprovar a descriminalização desta pena de morte à menina pobre. Lula já flechou o mercado de trabalho informal com a renda básica. Basta elevá-la para R$ 1.000 mensais, universalizando-a com menos de 40% da renda nacional, como sabemos. É o maior político da história do Brasil. Também se diz -ele, o Lula- contrário à reeleição de presidente da república, de terceiro mandato para si. A reforma política tem de bom que propõe uma mudança constitucional que acabe com a compulsoriedade do voto. Mandato de quatro ou cinco anos? Tema absolutamente irrelevante, se a reforma fosse em favor do parlamentarismo. Ainda assim, há pobremas, lá no dizer da Sra. Marilza Lula da Sillva.
Resumo:
.a. Chavez quer reeleições infinitas, como Monsieur Fidel de Castrô, Chum-chin-chum (o príncipe da Coréia do Norte, ou a canção de Adoniran Barbosa?
.b. Lula não quer terceiro mandato, mas é a favor do presidencialismo com mandatos de cinco anos
.c. Putin era do presidencialismo, presidente, e passou a primeiro ministro do parlamentarismo, compreende? a Rússia -esse túmulo do século XX e XXI- era presidencialista, com Putin, agora é parlamentarista com Putin. Voltará a ser tzarista com Putin, se for o caso, como Chum-chin-chum e o Golfo de Tonkim, ou sei lá que golfo, que o Brasil não tem estas coisas. Como sabemos, temos apenas baías e sacos.
.d. será que o Brasil poderia ser condenado a parlamentarismo com voto voluntário e orçamento universal? Não: não será condenado, pois rege a vida nacional o seguinte silogismo do modo subjuntivo:
M (premissa maior): todo político é ladrão
m (premissa menor): ora, todo ladrão é político
C (conclusão): logo, todo político e todo ladrão são farinha do mesmo saco, vinho da mesma pipa ou torcedores do mesmo clube de aeromodelismo.
Bye
DdAB

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