Caro Mr. Blogger Man:
Atrasado, eu, li no blog de meu amado orientador Antonio Carlos Fraquelli uma entrevista dada há um mês (dia 28/nov/2008, sexta-feira) ao “Panorama Bandeirantes”. Juntamente com dois outros convidados, ele falou sobre o estudo Projeção da População do Brasil (1980-2050) feito pelo IBGE. Sem preocupações de reconhecer fontes ou mesmo de plágio (conceito -por definição- aqui inadequado), vou enumerar algumas cifras que ele próprio -Fraquelli- selecionou como enumeráveis. Mas farei comentários que -você sabe- soam como sendo somente meus...
Em 1950, havia 50 milhões de habitantes no Brasil, inclusive Fraquelli e myself. Para 2010, a população prevêem-se cerca de 190 milhões, inclusive -estamos contando com isto- Fraquelli e myself. Daqui, diferentemente do curso de argumentação de Fraquelli, tiro três lições de aritmética:
:: crescimento absoluto: 190 - 50 = 140
:: crescimento percentual: 280%
:: número relativo de base unitária (fator de crescimento: 190/50): 3,8.
Esta cifra de 3,8 vezes de multiplicação populacional contrasta com a multiplicação do PIB por 15, ou seja, entre 1950 e 2010, a população crescerá quase quatro vezes e o PIB eleva-se um pouco mais do que 15 vezes. Ergo a renda per capita cresceu quase quatro vezes (i.e., 15,.../3,8). Ou seja, se eu sou o brasileiro médio neto de um brasileiro médio, tenho um padrão de vida quatro vezes maior do que o que meu avô desfrutava quando nasci.
Ainda assim, concluo em coro com o Prof. Humberto Gessinger, ou melhor, seu filho, quando diz que: “Não quero deixar para meu filho a pampa pobre que herdei de meu pai.” Não que o fato de ter mais pontes de safena e dentes, diferentemente de meu avô, que teria morrido sem safenas e sem dentes, faça-me mais feliz. Nem mesmo que ter o PIB per capita oito vezes menor do que o americano me agrade. Mas foi melhor crescer quatro do que padecer da sina de alguns latinoamericanos ou africanos.
Não vemos limite, Fraquelli, Gessinger e myself, para o crescimento do PIB, ao passo que o IBGE encarregou-se de dar um cobro à explosão demográfica, pois prevê o máximo populacional de 240 milhões para 2040 e estabilização em 215 milhões 10 anos depois. Se eu viver os cerca de 100 anos que prevejo, estarei dando uma contribuição modesta para esta redução de 25 milhões...
Definindo a população economicamente ativa como a maior de 14 e menor de 65 anos de idade, esta faixa abarcará dois terços do total populacional em 2050. Naturalmente, digo eu, esta faixa de atividade econômica está largamente superestimada, pois é inconcebível que crianças de 16 anos de idade ingressem no mercado de trabalho, mesmo que na criminosa prática de “estágio”, ou seja, furta-se o mercado de trabalho e furta-se a sala de aula e furta-se o crescimento da produtividade do trabalho. Para a Organização Internacional do Trabalho, adulto tem entre 24 e 65 anos. Isto significa que a PEA deverá abranger, no máximo, esta faixa.
Mas a Editora GangeS e outras instâncias civis da vida societária vão lançar uma campanha, em 2040, declarando economicamente ativos apenas os indivíduos entre 30 e 35 anos de idade. Os demais serão forçados a:
.a. fazer ginástica três horas por dia
.b. estudar três horas por dia
.c. prestara trabalho comunitário três horas por dia.
E proibidos, sob pena de morte, de trabalharem um segundo sequer. Precisaremos, claro, definir “ginástica forçada”, “estudos forçados” e “trabalhos forçados”, bem como “pena de morte” e “trabalho”. Como combinar aplicação da pena de morte com sua proscrição? Isto é fácil: quem não entende direito será condenado a prestar mais atenção nas horas de estudo, mas também nas de ginástica e nas de trabalho comunitário.
Parece evidente que a Editora GangeS também estará deflagrando, a partir de amanhã, uma nova campanha para a mudança radical das regras distributivas que hoje cerceiam o futuro do país. Com bilhões de habitantes jogados à lama ativa (políticos) ou passiva (eleitores), ao assalto ativo (políticos) ou passivo (eleitores), ao analfabetismo ativo (políticos) e passivo (eleitores), e assim por diante, é natural que não podemos mais viver sem:
.a. banco central mundial
.b. imposto de tobin
.c. brigada ambiental mundial,
ou seja, fim do estado nacional e proclamação da renda básica universal.
Ou seja, se vemos crescimento tíbio no PIB do Brasil da primeira década do século é porque a própria distribuição (não suficientemente festejada, ainda que modesta) não foi mais orgulhosa e, como tal, catalisadora do consenso nacional. Claro que todos queremos mais crescimento. O que a Editora GangeS sustenta é que este não vai ocorrer, a menos que o Serviço Municipal seja implantado. Como sabemos, redistribuição significa emprego para professorinha cuidar de netinho de menininho de rua, ou seja, mais PIB no setor educação (crédito de geração), mais DIB na instituição Governo (débito de absorção) e mais RIB na instituição Famílias (crédito de apropriação).
Se bem lembro de ter lido em Elsewhere (opus citatum), a Nigéria terá o quarto maior contingente populacional mundial. Duvido que Fraquelli citasse este tipo de fonte. Duvido mesmo que compartilhe da visão que expresso em continuação. Os Estados Unidos manter-se-ão em terceiro, o que permite-nos pensar que a festejada perda da hegemonia mundial é wishful thinking dos rapazes contrários à globalização. A Federação Galáctica é prova da liderança americana e não de sua destruição. Finanças, finanças, meu chapa, esta é a palavra que define quem manda, pois compra a máquina de fazer guerra e vende seguros, seguros e seguros. No capitalismo, tudo vira mercadoria, inclusive Madonna e os políticos, ou melhor, a publicidade que se faz com a imagem de Madonna e a honra dos políticos, pois eles não se deixam vender, como o atesta o Dr. Inocêncio de Oliveira, que apenas compra escravos e nunca se vende nesse mercado, digamos, negro. Felizmente, no Brasil não há racismo, o que implica que os escravos do Dr. Inocêncio não são selecionados pela cor da pele, mas -penso- pelo grau de educação formal dos pais.
Concluo com citação verbatim de Antonio Carlos Fraquelli:
Além das estatísticas, os cometários do programa da Band AM trataram dos serviços — educação, saúde e segurança — que a esfera pública deverá suprir à população até meados deste século.
Anuí, lógico!
DdAB
Em 1950, havia 50 milhões de habitantes no Brasil, inclusive Fraquelli e myself. Para 2010, a população prevêem-se cerca de 190 milhões, inclusive -estamos contando com isto- Fraquelli e myself. Daqui, diferentemente do curso de argumentação de Fraquelli, tiro três lições de aritmética:
:: crescimento absoluto: 190 - 50 = 140
:: crescimento percentual: 280%
:: número relativo de base unitária (fator de crescimento: 190/50): 3,8.
Esta cifra de 3,8 vezes de multiplicação populacional contrasta com a multiplicação do PIB por 15, ou seja, entre 1950 e 2010, a população crescerá quase quatro vezes e o PIB eleva-se um pouco mais do que 15 vezes. Ergo a renda per capita cresceu quase quatro vezes (i.e., 15,.../3,8). Ou seja, se eu sou o brasileiro médio neto de um brasileiro médio, tenho um padrão de vida quatro vezes maior do que o que meu avô desfrutava quando nasci.
Ainda assim, concluo em coro com o Prof. Humberto Gessinger, ou melhor, seu filho, quando diz que: “Não quero deixar para meu filho a pampa pobre que herdei de meu pai.” Não que o fato de ter mais pontes de safena e dentes, diferentemente de meu avô, que teria morrido sem safenas e sem dentes, faça-me mais feliz. Nem mesmo que ter o PIB per capita oito vezes menor do que o americano me agrade. Mas foi melhor crescer quatro do que padecer da sina de alguns latinoamericanos ou africanos.
Não vemos limite, Fraquelli, Gessinger e myself, para o crescimento do PIB, ao passo que o IBGE encarregou-se de dar um cobro à explosão demográfica, pois prevê o máximo populacional de 240 milhões para 2040 e estabilização em 215 milhões 10 anos depois. Se eu viver os cerca de 100 anos que prevejo, estarei dando uma contribuição modesta para esta redução de 25 milhões...
Definindo a população economicamente ativa como a maior de 14 e menor de 65 anos de idade, esta faixa abarcará dois terços do total populacional em 2050. Naturalmente, digo eu, esta faixa de atividade econômica está largamente superestimada, pois é inconcebível que crianças de 16 anos de idade ingressem no mercado de trabalho, mesmo que na criminosa prática de “estágio”, ou seja, furta-se o mercado de trabalho e furta-se a sala de aula e furta-se o crescimento da produtividade do trabalho. Para a Organização Internacional do Trabalho, adulto tem entre 24 e 65 anos. Isto significa que a PEA deverá abranger, no máximo, esta faixa.
Mas a Editora GangeS e outras instâncias civis da vida societária vão lançar uma campanha, em 2040, declarando economicamente ativos apenas os indivíduos entre 30 e 35 anos de idade. Os demais serão forçados a:
.a. fazer ginástica três horas por dia
.b. estudar três horas por dia
.c. prestara trabalho comunitário três horas por dia.
E proibidos, sob pena de morte, de trabalharem um segundo sequer. Precisaremos, claro, definir “ginástica forçada”, “estudos forçados” e “trabalhos forçados”, bem como “pena de morte” e “trabalho”. Como combinar aplicação da pena de morte com sua proscrição? Isto é fácil: quem não entende direito será condenado a prestar mais atenção nas horas de estudo, mas também nas de ginástica e nas de trabalho comunitário.
Parece evidente que a Editora GangeS também estará deflagrando, a partir de amanhã, uma nova campanha para a mudança radical das regras distributivas que hoje cerceiam o futuro do país. Com bilhões de habitantes jogados à lama ativa (políticos) ou passiva (eleitores), ao assalto ativo (políticos) ou passivo (eleitores), ao analfabetismo ativo (políticos) e passivo (eleitores), e assim por diante, é natural que não podemos mais viver sem:
.a. banco central mundial
.b. imposto de tobin
.c. brigada ambiental mundial,
ou seja, fim do estado nacional e proclamação da renda básica universal.
Ou seja, se vemos crescimento tíbio no PIB do Brasil da primeira década do século é porque a própria distribuição (não suficientemente festejada, ainda que modesta) não foi mais orgulhosa e, como tal, catalisadora do consenso nacional. Claro que todos queremos mais crescimento. O que a Editora GangeS sustenta é que este não vai ocorrer, a menos que o Serviço Municipal seja implantado. Como sabemos, redistribuição significa emprego para professorinha cuidar de netinho de menininho de rua, ou seja, mais PIB no setor educação (crédito de geração), mais DIB na instituição Governo (débito de absorção) e mais RIB na instituição Famílias (crédito de apropriação).
Se bem lembro de ter lido em Elsewhere (opus citatum), a Nigéria terá o quarto maior contingente populacional mundial. Duvido que Fraquelli citasse este tipo de fonte. Duvido mesmo que compartilhe da visão que expresso em continuação. Os Estados Unidos manter-se-ão em terceiro, o que permite-nos pensar que a festejada perda da hegemonia mundial é wishful thinking dos rapazes contrários à globalização. A Federação Galáctica é prova da liderança americana e não de sua destruição. Finanças, finanças, meu chapa, esta é a palavra que define quem manda, pois compra a máquina de fazer guerra e vende seguros, seguros e seguros. No capitalismo, tudo vira mercadoria, inclusive Madonna e os políticos, ou melhor, a publicidade que se faz com a imagem de Madonna e a honra dos políticos, pois eles não se deixam vender, como o atesta o Dr. Inocêncio de Oliveira, que apenas compra escravos e nunca se vende nesse mercado, digamos, negro. Felizmente, no Brasil não há racismo, o que implica que os escravos do Dr. Inocêncio não são selecionados pela cor da pele, mas -penso- pelo grau de educação formal dos pais.
Concluo com citação verbatim de Antonio Carlos Fraquelli:
Além das estatísticas, os cometários do programa da Band AM trataram dos serviços — educação, saúde e segurança — que a esfera pública deverá suprir à população até meados deste século.
Anuí, lógico!
DdAB
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