querido blog:
claro que não sou favorável à teoria da grande conspiração, exceto nos casos em que ela me dá vitória nos debates que levo, especialmente os que levei durante minha militância no Grêmio Estudantil e, depois, no Diretório Acadêmico, e ainda na Sociedade de Economia e, para finalizar, nas reuniões do Condomínio de la Plaza. tampouco sou chegado a fazer previsões erradas, o que não me impede de tê-las feito. nunca pensei em errar numa previsão, mas já o fiz, aliás fi-lo (diria Jânio, não era ele?) neste blog dezenas de vezes.
talvez os modelos teóricos da sociedade futura, todos baseados na inteligência artificial assessorada (ou vice-versa) pelo cérebro humano, tenham mais verossimelhança do que os atuais. seja como for, estou inclinado a pensar que o voto distrital é a salvação da humanidade brasileira contemporânea. nada poderá salvar Joaquim Silvério dos Reis, que a história condenou. nada poderá salvar Rui Barbosa, que Raymundo Magalhães Júnior condenou. eu fui convencido por Raymundo, mas não tenho muitas razões para pensar muito seriamente que o Joaquim realmente foi tão mau caráter quanto sugere a história oficial, a mesma que endeusa o velhinho da águia de Haia.
ok, votemos o voto distrital, digo, voltemos a falar no tema. um elenco de críticas endereçadas a esta mudança institucional brasileira sugere que, sem exposição do político à mídia (como é o caso da locução de jogos de futebol ou programas de esmolas), não surgiriam lideranças locais. este argumento me parece tão despido de fundamento que acho até que estou entendo-o errado (por sinal, Machado teria errado, ao substituir adjetivos -como eu- por (for) advérbios?)
parece-me que o verdadeiro lugar de surgirem lideranças é no parlamento, logo precisamos do voto distrital que leve representantes dos ocupantes de determinados territórios ao parlamento e, de lá, estes se alcem a esferas legislativas mais elevadas. o óbvio, se negativo é, é que o candidato terá um colegio eleitoral reduzido a seu distrito. mas tampouco vejo a desvantagem deste recorte, uma vez que o principal está acontecendo: proximidade do eleitor com o eleito, as duas figuras centrais arroladas por Jorge Vianna Monteiro como sendo os agentes da política.
pois bem, a figura que selecionei (clique aqui) mostra a atual dupla dinâmica da política brasileira contemporânea. penso que Lula foi o real fundador do parlamentarismo no Brasil. seu jeito de governar, negociando aqui e transigindo lá, enquadrando ainda acolá, deixando o dia-a-dia do governo por conta de agentes de seu partido (reformadores e burocratas), é a fase inaugural do parlamentarismo. no caso, enquadro como reformadores e burocratas os ministros, outros "companheiros" que dirigem importantes órgãos da administração direta e da indireta. para não falar em excesso no presidente do Banco Central e os rapazes dos ministéros da Fazenda e Planejamento, centro-me em Dilma Rousseff. do greêmio estudantil e do diretório acadêmico, ela transitou aqui e ali, entrou para o PDT com uma turma da pesada, ingressou no PT e culminou como candidata.
que ocorrerá se ela vencer as eleições? talvez tenhamos -e esta é minha previsão de hoje- o mesmo rearranjo institucional protagonizado pela Rússia pós-soviética. Vladimir Putin (rima com Lenin) -já não lembro- era ministro e virou presidente ou era presidente, elegeu o sucessor e virou primeiro ministro. por que Lula não pode ser o primeiro ministro de fato? acho que ele já o é, ainda que eleito. ok, para que minha previsão não se concretize, precisamos de um bom antídoto à teoria da grande conspiração, pois qualquer coisa que Lula fizer, direi que é o parlamentarismo e a ação do primeiro ministro. mas vejamos.
por enquanto, retenhamos em mente meu mantra, um tanto tonto com a ladroagem:
política no Brasil? não vote. mas -se tiver que votar- anule o voto!!
DdAB
claro que não sou favorável à teoria da grande conspiração, exceto nos casos em que ela me dá vitória nos debates que levo, especialmente os que levei durante minha militância no Grêmio Estudantil e, depois, no Diretório Acadêmico, e ainda na Sociedade de Economia e, para finalizar, nas reuniões do Condomínio de la Plaza. tampouco sou chegado a fazer previsões erradas, o que não me impede de tê-las feito. nunca pensei em errar numa previsão, mas já o fiz, aliás fi-lo (diria Jânio, não era ele?) neste blog dezenas de vezes.
talvez os modelos teóricos da sociedade futura, todos baseados na inteligência artificial assessorada (ou vice-versa) pelo cérebro humano, tenham mais verossimelhança do que os atuais. seja como for, estou inclinado a pensar que o voto distrital é a salvação da humanidade brasileira contemporânea. nada poderá salvar Joaquim Silvério dos Reis, que a história condenou. nada poderá salvar Rui Barbosa, que Raymundo Magalhães Júnior condenou. eu fui convencido por Raymundo, mas não tenho muitas razões para pensar muito seriamente que o Joaquim realmente foi tão mau caráter quanto sugere a história oficial, a mesma que endeusa o velhinho da águia de Haia.
ok, votemos o voto distrital, digo, voltemos a falar no tema. um elenco de críticas endereçadas a esta mudança institucional brasileira sugere que, sem exposição do político à mídia (como é o caso da locução de jogos de futebol ou programas de esmolas), não surgiriam lideranças locais. este argumento me parece tão despido de fundamento que acho até que estou entendo-o errado (por sinal, Machado teria errado, ao substituir adjetivos -como eu- por (for) advérbios?)
parece-me que o verdadeiro lugar de surgirem lideranças é no parlamento, logo precisamos do voto distrital que leve representantes dos ocupantes de determinados territórios ao parlamento e, de lá, estes se alcem a esferas legislativas mais elevadas. o óbvio, se negativo é, é que o candidato terá um colegio eleitoral reduzido a seu distrito. mas tampouco vejo a desvantagem deste recorte, uma vez que o principal está acontecendo: proximidade do eleitor com o eleito, as duas figuras centrais arroladas por Jorge Vianna Monteiro como sendo os agentes da política.
pois bem, a figura que selecionei (clique aqui) mostra a atual dupla dinâmica da política brasileira contemporânea. penso que Lula foi o real fundador do parlamentarismo no Brasil. seu jeito de governar, negociando aqui e transigindo lá, enquadrando ainda acolá, deixando o dia-a-dia do governo por conta de agentes de seu partido (reformadores e burocratas), é a fase inaugural do parlamentarismo. no caso, enquadro como reformadores e burocratas os ministros, outros "companheiros" que dirigem importantes órgãos da administração direta e da indireta. para não falar em excesso no presidente do Banco Central e os rapazes dos ministéros da Fazenda e Planejamento, centro-me em Dilma Rousseff. do greêmio estudantil e do diretório acadêmico, ela transitou aqui e ali, entrou para o PDT com uma turma da pesada, ingressou no PT e culminou como candidata.
que ocorrerá se ela vencer as eleições? talvez tenhamos -e esta é minha previsão de hoje- o mesmo rearranjo institucional protagonizado pela Rússia pós-soviética. Vladimir Putin (rima com Lenin) -já não lembro- era ministro e virou presidente ou era presidente, elegeu o sucessor e virou primeiro ministro. por que Lula não pode ser o primeiro ministro de fato? acho que ele já o é, ainda que eleito. ok, para que minha previsão não se concretize, precisamos de um bom antídoto à teoria da grande conspiração, pois qualquer coisa que Lula fizer, direi que é o parlamentarismo e a ação do primeiro ministro. mas vejamos.
por enquanto, retenhamos em mente meu mantra, um tanto tonto com a ladroagem:
política no Brasil? não vote. mas -se tiver que votar- anule o voto!!
DdAB
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