23 julho, 2014
Instituições, Free-Shops e Estupidez
Querido diário:
Ainda não faz 10 horas que fiz a dernière postagem. E por que antecipo a proxaine? Ao escrever ontem, a notícia de hoje estava completamente forjada. Dunga é o treinador, cinemas e tomadas de luz permanecem atendendo as últimas mudanças e -tchan tchan tchan- aquele negócio (portaria da receita federal) de reduzir as compras de terra e águas de US$ 300 para US$ 150 foi revogada. Hoje fiquei a perguntar-me se é que eu preferiria, a fim de manter as instituições que a restrição fosse mantida. Que a prova de esculhambação (para usar o termo técnico adequado) que rege a administração pública brasileira fosse reduzida...
Pelo que entendi das notícias que minha paciência permitiu-me capturar no jornal de hoje, o Brasil vai concorrer com os free-shops uruguaios, paraguaios e onde mais houver fronteiras terrestres criando seus próprios free-shops. Logo para mim, que desejo mesmo é livre comércio generalizado (descontando o papel de trouxa em dilemas de prisioneiro).
E não posso deixar de rir-rir-rir com a postura de muita gente, sua visão do modo de operar de uma economia e seus reflexos no balanço de pagamentos. Existe uma cambada que tem a visão de que balanço de pagamentos é apenas balança comercial. Ou seja, para a cambada, o que interessa é mesmo a exportação de suco de laranja e a importação de whisky Jack Daniels (ver imagem de ontem, que parece acorrentar a gente naquela garrafa...). Em outras palavras, eles não sabem sequer o que esperar de uma menos fechada do que a brasileira atual. E não entendem, por exemplo, que -ao se postarem contra o financiamento anunciado pelo BNDE à construção de um super-porto no Uruguay- estão abdicando da melhoria no balanço de transações correntes. Eles/elas não são capazes de pensar que o Brasil poderia ganhar um jurinho na balança de serviços.
E essa autonomia do chefe da receita federal em mudar políticas de comércio exterior do país é mais preocupante que a cambada que rege o futebol. Já disse que o Brasil, apenas se for tonto, gastará o mesmo que a Alemanha para promover o futebol, escolinhas de futebol. Já disse que devem promover escolas, português e matemática.
DdAB
P.S.: Gostei de confundir, para confusão dos leitores do Planeta 23, o Brasil com o futebol do Brasil... Em compensação, esta imagem veio daqui.
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