Parece que a grande notícia de ontem foi que o Brasil aceitou a versão -creio que americana- de dizer que Israel está dando uma resposta mais violenta do que merecem as baixarias originárias dos palestinos requerem, requereriam. E, ao dar-lhe conhecimento ao país judeu, nosso tradicional aliado entretendo relações comerciais e diplomáticas de porte, fora uma colônia de migrantes de várias gerações expressivas, deu-lhe esta informação.
Ato contínuo, Israel deu uma resposta exagerada a este reproche brasileiro. Mais ainda, deu uma resposta pouco diplomática, ao sustentar que seu aliado auri-verde é um anão diplomático. Descontada esta questão de quem tem razão, o Brasilzão ou o pequeno Israel, fiquei pensando que, para minha escalavrada tristeza, o Brasil não é apenas um anão diplomático. Começa que ele é o gigante adormecido e, a partir daí, é uma anão distributivo, um anão em renda per capita, um anão em produtividade, um anão em saúde, outro em educação, outro ainda e, principalmente neste caso, um anão judiciário, pilhas de anões e não são postados sobre dorsos de gigantes. Ou, se o são, trata-se também de gigantes adormecidos, o que permite aos anões vislumbrarem precisamente os mesmos horizontes luzidios de seus predecessores pedestres...
Lições de teoria dos jogos:
.a. Israel joga o dilema de prisioneiro, uma sucessão independente de eventos
.b. Israel não joga dinamicamente o Tit-for-Tat, ou seja, não permite que, do dilema de prisioneiro jogado iterativamente, surja a cooperação. Cooperação com os palestinos, claro. E também com o Brasil, de sorte a pararem de ofender a estatura da diplomacia pátria. Ou, se quiserem assim manter-se, então devem também pensar em todos os demais casos de nanismo.
Lição geral: o Brasil, dado seu grau de nanismo, não sabe o que é jogo, não joga futebol (7x1, Dunga e a CBF, e coisa e tal) e tem um índice de Gini da distribuição da renda de 0,51. E o Gini lá deles é de 0,39. E a renda per capita é US$ 39 mil. E, para lembrar, a nossa é de US$ 12,5 mil.
E os palestinos? Na Wikipedia (fonte de meus demais dados), a Palestina é uma "região geográfica" e não um país. Mas ao mesmo tempo a Palestina -por meio de alguns de seus representantes, importantes fazedores da opinião daquele povo- não reconhece a existência do estado de Israel, confrontando a comunidade mundial que o criou no pós-II Guerra Mundial.
A Polícia da Organização dos Povos Unidos (do governo mundial) deveria tomar conta daquela região, garantir o surgimento do estado palestino, garantir a "devolução dos territórios ocupados", garantir a aceitação do estado judeu pelos palestinos, deixando claro que todos os países estarão em vias de extinção, dando lugar ao governo mundial e garantir que aquela cambada comece a viver em paz. Em outras palavras a simpática organização policial de que falo deve mudar as recompensas do jogo atual.
DdAB
Imagem: eu nunca fui a Jerusalém, mas parece que é de lá isto daqui.
P.S.: no sábado, havia uma crônica de Cláudia Laitanno na Zero Hora em que ela fala deste "anão diplomático" e acrescenta que o diplomata anão que assim se referiu ao Gigante Adormecido também fez mofa dos 7x1, imagem de fracasso a que também me referi na postagem. Meu ponto é que isto não estava no jornal que li: inside information...
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