querido blog:
dias atrás, chegando em Portugal, decidi comprar a revista americana Newsweek. número de 14/fev/2011. lia- com os mesmos olhos que o fariam no caso de a ter comprado em Porto Alegre. não creio que o impacto fosse maior, em virtude das coordenadas que regem as estrelas que regem meus humores. seja como for, achei um ponto comum: uma concertada ação noticiosa, destinada a provar ao mundo que o imperialismo condena a corrupção. fui claro? parece que macacos não olham seus rabos. parece que as indagações que faziam ao motor a explosão devem manter-se ativas para o caso da sociedade humana: como é que funciona?
primeiro: os russos, como todos os demais países que podem, vendem armas para os que não podem. digo, podem, no sentido de que "produzem" e não podem, no sentido de "não deveriam". a indústria armamentista é uma das primeiras que deveria ser abatida por um raio celeste de extração iluminista. na p.6 a Newsweek cita -eu ia dizer fatos- cifras estonteantes. os gastos mulitares vão elevar-se em US$ 0,7 trilhões. com isto, seguem fornidos 1,1 milhões de soldados, servidos por uma indústria de 3 milhões de trabalhadores, representando 20% do emprego na indústria de transformação. mas que tudo isto -diz a revista- é "sclerotic". mas o pior ainda vem, em forma de piadinha. o presidente da república estimou que, no ano passado, burocratas russos afanaram um trilhão de rublos, ou 33 bilhões de dólares. nem com a loto viciada do deputado Severino Cavalcanti, ou algo assim... mas o próprio presidente ganhou de presente do orçamento público (talvez na rubrica "transporte próprio") um iate de US$ 35 milhões. já isto a loto cobre!
no Egito, o ambiente esquentou.
na China, a palavra "egito" foi proibida de circular na internet.
no Egito, o general Mubarak viu formada em torno de si "a rapacious court" & "his immediate family". There was the power of his wife, Suzanne, and, remarkable to relate, she had started out modestly.
na Tunísia, a esposa do governante deposto requisitou ao banco central a quantia de 1,5ton de ouro e a levou ao exílio. com tanto ouro em barra, acorreu-me pensar que "vão-se os anéis, mas fiquem os pobres!
no Brasil, não testemunhei nada similar pela simples razão de que não estou lá. está lá? não, estou aqui. em resumo, há um complô imperialista para desmoralizar as ditaduras. e há um complô libertário para desmoralizar os imperialistas. e há um complô para saber qual é exatamente o limite das consequências da educação de péssima qualidade para garantir que os despossuídos não consigam agir em seu benefício. eu fico estarrecido que a esquerda tenha sido tão fragorosamente derrotada nas recentes eleições portuguesas, quando vemos notícias diárias de cortes e mais cortes nos direitos dos trabalhadores. agora, hoje, diz-se que o país entrou "oficialmente" em recessão.
DdAB
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