12 junho, 2019
O Caso de Moro: ocaso de Moro?
Todos conhecem minhas opiniões sobre o jornal Zero Hora. Hoje devo elogiá-la. Talvez tudo tenha a ver com o dia dos namorados, ternura jorra sobre mim como os vazamentos seletivos da Operação Lava-a-Jato, capitaneada -não pelo Capitão- mas pelo então juiz Sérgio Moro (nunca esquecendo que "juiz Moro é oximoro").
Pois bem: o lado alegre é que li a coluna "Política +", em geral assinada pela jornalista de direita, sra. Rosane de Oliveira, mas hoje sendo redigida pela jornalista Débora Cademartori. Seu comentário principal diz: "Moro se veste de político e encara crise". Em seu tópico frasal, evoquei meus pais, meus avós, essa turma toda do tempo antigo (ao qual alguns já andam atribuindo meu próprio nascimento e até carreira profissional...): "Visivelmente incomodado, o presidente Jair Bolsonaro zarpou e entrevista coletiva ontem após ter sido questionado sobre a relação das conversas entre o então juiz Sérgio Moro [...]" Segui lendo, mas assinalei com minha canetinha de cor "zeroherra" aquele "zarpou". Vovó zarpou. Mamãe e papai também o fizeram, guardo-lhes a mais intensa ternura.
Disse ela:
[...] Disse [Moro] para os senadores que as conversas divulgadas pelo The Intercept foram coletadas de maneira 'ilegal' e que isso é 'criminoso'. Quando juiz, Moro autorizou indevidamente a divulgação de áudio interceptado em que a então presidente Dilma falava.
Em outras palavras, esse tipo de atitude, agora sabidamente sabido, como aliás sempre se soube, foi o que ajudou Bolsonaro a vencer Haddad no segundo turno daquela eleição presidencial. Na verdade, falei em ajudar, pois não podemos negar os 57 milhões de cidadãos que nele votaram. E ajudou Moro a ser guindado à posição de reserva dos ministros do supremo tribunal (de salários invejáveis, sinecura das mais sofisticadas).
DdAB
P.S. Não esqueçamos que, durante suas férias, ele acionou a polícia federal, para dar um basta a um desembargador que andou pensando em acolher um habeas corpus pela libertação de Lula. Parece óbvio que temos aí algo ilegal e therefore, como diria o anglicismo o próprio Dalanhol, contra a lei e, therefore, criminoso. Como diria o próprio Sérgio Fernando Moro, sic transit gloria mundi.
P.S.S. Propagandeei os feitos de cá no Facebook de lá: Neste dia dos Namorados, enamorado evoquei que escrevi para minha, então, noiva: "caso caso no ocaso do caso case uma casa", poema em prosa desclassificado num concurso de frases de uma só palavra. Lembrei dele, pois escrevi no blog algo por ali inspirado:
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2 comentários:
Moro sapiens famélico dallagnoline janta.
Já falei, Jorge, que "juiz Moro é oximoro" e agora acrescento outro oximoro: é o Mono sapiens...
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