01 setembro, 2014

Eu, um Marineiro?


Querido diário:

Há risco de se eliminar a candidata à reeleição do segundo turno (se houver) das eleições presidenciais? Parece que, ou Marina da Silva já ganha no primeiro turno ou enfrenta Dilma no segundo. Aécio Neves, almofadinha de hábitos noctívagos, parece ficar de fora do que realmente interessa e decreta a verdadeira falência dos dirigentes do PSDB que retiraram o partido do centro-esquerda do espectro político e o jogaram para a direita. Aliás, nem toda a direita, dado que as pesquisas o qualificam como lutando para manter 20% do eleitorado.

No outro dia (ver link abaixo), declarei que, com enorme desgosto, sentia-me forçado a votar em Dilma Rousseff. Não que me desgoste o jeito truculento de minha ex-estagiária (como digo, isto não é totalmente falso...), mas desgosta-me o que ela conseguiu em seu exercício da presidência da república. Claro que um presidente de república pode mais do que um presidente de centro acadêmico (o que, aliás, nem ela nem eu fomos). Mas ela não foi capaz de romper o status quo, buscou aliados num campo eivado de pântanos e foi incapaz de equacionar o crescimento econômico brasileiro (agora até já se fala em "reindustrialização", coisa de louco, pois deveriam falar em "reeducação", não é mesmo?).

Para deixar claro que a eleição ainda não ocorreu e meu grau de desesperança, ou melhor, de esperança que alguma ruptura pacífica possa acontecer em breve, conto com os black blocs e com Marina. Será a hora de vermos surgirem novas lideranças e a exclusão de boa parte dos políticos convencionais (inclusive, claro, seu apoiador Pedro Simon, que ainda fala em seu partido que apoia os três candidatos como o MDB. Lá isto é partido? É, né, meu? Partido em excesso, hehehe).

DdAB
Postei a respeito aqui e aqui. E acredito-me a seguir na cachaça, dada a subserviência de Marina a sua ideologia religiosa. Imagem: aqui. Falei em truculência, pedi ao Google e ele deu-me esta linda foto: parece que o lado alegre da vida começa a tomar conta daquele arame farpado.
P.S.: instantes depois de postar, vi isto aqui. Voltei aqui e deixei registrado. E isto tira meu voto de Marina? Claro que não, a menos que o resto do povo decida abandoná-la, o que -creio- Céli Pinto deixa claro que não acontecerá: farsa por farsa, escolho esta nova comparsa. A profa. de ciência política da UFRGS compara Marina a Collor. Eu espero que as esquerdas derrotadas na eleição (se o forem) tenham mais cabeça do que aquelas que contribuíram para o caos e o impeachment daquele presidente. O que o Brasil precisa é acabar com a impunidade, uma reforma política, outra na tributação, e por aí vai. Collor não o fez nem o faria. Maria faria, fará?

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