Hoje inicio um novo marcador em nova série de postagens. Lembro dos 116 hai-kais do livro de Millôr Fernandes que levei um tempão para reproduzir todos, pois não entrava neste assunto diariamente. E, para animar o campeonato, digitava o hai-kai, conforme publicado pela editora L&PM e repetia o último verso, fazendo uma trova do estilo gaúcho (em geral com quadrinhas) com ele. Tá aqui, como exemplo rememorativo, o primeiro, de 8 de novembro de 2012, com o mais ou menos óbvio título de "O Hai-Kai e a Trova":
Original de Millôr Fernandes:OLHA,
ENTRE UM PINGO E OUTRO
A CHUVA NÃO MOLHA
A CHUVA NÃO MOLHA
Trova de DdAB
Se a chuva não molha.
é o pingo de cima
que faz a escolha.
A nova série intitula-se "Provérbios" e, por razões óbvias, é formada por... provérbios. Retirei-os do livro
Se a chuva não molha.
é o pingo de cima
que faz a escolha.
A nova série intitula-se "Provérbios" e, por razões óbvias, é formada por... provérbios. Retirei-os do livro
MILHANO, Deolinda (2017) Dicionário de Ditados (Provérbios) e Frases Feitas. Lisboa: Colibri.
Com 375 - 13 + 1 = 363 páginas, uns 70 provérbios por página, temos cerca de 25 mil provérbios a serem transcritos. É um monte, só agora me dei conta de que, citando 10 por dia, passarei os próximos sete anos neste afã. Para não carregá-los pela ordem alfabética, que é o critério de ordenação usado no livro da -já tratando com familiaridade, proximidade- Deolinda, decidi ir citando aleatoriamente, embora inicie cada postagem com o mais próximo do início lá da página 13. E vou percorrendo o livro em ordem crescente de paginação e selecionando o que virá em seguida.
Ainda tem o seguinte: ao brincar e mexer com o livro da Deolinda, procurei provérbios ou ditados que eu mesmo conhecia. Até agora, listei 21 destes que não constam do livro. Então, to be true, são 384 entradas. E juro que, até terminar essa tarefa de seis anos de duração, terei acrescentado mais outros, até mais do que esses 21 iniciais. Hoje, por exemplo, lembrei-me -por razões de uma briga com o cachorro de um vizinho- daquele "praga de urubu não pega em cavalo gordo". A Deolinda não o consigna. E eu vou inseri-lo como o décimo do dia. Então segue-se logicamente:
1. A abelha conhece o dono que a trata bem. E, farta, não ferra ninguém.
2. Antes quebrar que torcer.
3. Antes solteira toda vida que um dia mal casada.
4. É mais fácil bem dizer que contradizer.
5. É mais fácil caçar moscas com mel que com vinagre
6. É mais fácil demolir que construir. [Dedico este ao presidente da república]
7. Madruga e verás, trabalha e terás.
8. Não se deite à albarda a culpa do burro. [Dedicado à mesma pessoa].
9. Se a vida dura a tudo se chega.
10 Praga de urubu não pega em cavalo gordo. [Inserido por mim]
Além das duas dedicatórias que fiz a Jair Bolsonaro, vê-se que arranjei um lugarzinho para a praga de urubu. E ocorrre-me dizer mais um traço metodológico do projeto. Eu, que não uso palavrões em minhas comunicações com as redes sociais, vou transcrever os palavrões citados pela Deolinda e talvez me inspire para lembrar de algum provérbio "brasileiro" também contendo palavrões. De acordo com a regra dos dedos cruzados, não estarei infringindo nenhuma regra.
DdAB
P.S. No Facebook: Prá animar o cortiço [inteligente brincadeira com o primeiro provérbio e suas abelhas] que me abriga, iniciei no blog uma série que será mais longa que o atual mandato presidencial no Brasil. Vou transcrever provérbios de um livro. E proponho a brincadeira para meus leitores de lembrar de algum e pedir-me para testar se consta do livro.
P.S.S. Eis um site maneiro sobre o tema: clicar aqui.
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