01 março, 2015
Zero Herra: digo e desdigo
Querido diário:
Hoje em iria postar a 107a. trova de hai-kais com Millôr Fernandes. Mudei de ideia, pois ainda ontem eu andei falando mal dela e da Capital dos Carta, a revista criada por Mino Carta já adentrado em sua terceira idade. A ambos leio regularmente.
E falo agora de Zero Hora, o gigante de informação e qualidade! Pois bem, que digo? Digo que o caderno PrOA tem matéria da jornalista Letícia Duarte sobre impeachments. Já achei revolucionário colocarem o tema na capa do caderno esposando um ponto de vista alheio à simpatia. Eu não disse "antipatia". Vejamos a manchete da capa: O eterno retorno do impeachment.
Gostei, pois parece mania, parece artifício pueril da oposição, qualquer oposição. "Hay gobierno? Soy contra!" Mas quem é contra o governo sou eu e não os dromedários que defendem o impeachment, os impeachments. Lembro de Tarso, mal FHC fora reeleito e tomado posse, o causídico dos pampas já estava pedindo o impeachment, se não me engano, porque a gestão econômica de seu governo desvalorizara o câmbio. Cada uma!
E há números arrasadores para desmoralizar a palavra, sem falar em Collor (que ela refere no mesmo parágrafo de onde retirei os seguintes dados):
Enquanto Dilma já recebeu dez pedidos de impeachment, Lula teve 34 eu seus dois mandatos, e Fernando Henrique, 17.
Eu já lera em outros tempos também declarações de um prócer de oposição (a quem, meu Deus?) dando uma espécie de check list do impeachment. Começa-se a falar e, se começa a colar, fala-se mais e se a falação transforma-se num efeito bandwagon, bola prá frente e pinta o processo judicial. E tentei ridicularizar as tentativas do impeachment da profa. Yeda Rorato Crusius da governança do estado gaúcho (aqui).
DdAB
E tem os exagerados, como os da imagem daqui, que já querem logo a milicada. Quer mais posições do Planeta 23 sobre o impeachment em geral? Procure no motor de busca do blog. Verá copiosas citações ao MAL*, o movimento que prega a anistia a todos os ladrões e que comecemos vida nova a partir de primeiro de janeiro do próximo ano. Como sabermos, Nei Lisboa tem uma canção chamada de "Refrão". E na introdução da canção ouvimos um refrãozinho baixinho: "Militar, não. Muito obrigado!"
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