16 novembro, 2014

Educação: descobrir os objetivos na vida + empatia!


Querido diário:

Quanto ganha por mês um jornalista com uma coluna quinzenal em Zero Hora, hoje publicada na página 31? E se, além disto, ele for pesquisador do CNPq, reitor da Universidade Estácio de Sá e professor aposentado da UFSM? E daí? Daí que ele paga apenas 27,5% da renda líquida como alíquota máxima. E a bolsa do CNPq de produtividade em pesquisa, ou que nome leve hoje em dia, não paga imposto de renda! E nem o auxílio moradia dos juízes!! E nem montes de coisas que, além de fazerem o imposto de renda virar proporcional - e não progressivo - dão isenções de quebrar pedras em frades.

E qual o lado alegre do artigo de hoje de Ronaldo Mota (ronamota@gmail.com), intitulado "Os empáticos bonobos"? Um lado meio nada-a-ver é que ele faz o substantivo concordar com o artigo e o adjetivo, não é? Filosofei sobre esta peculiaridade não usual hoje em dia aqui. E qual o lado tudo-a-ver? Aprendi algo extremamente importante com ele, algo normativo, mas nem por isto menos importante. Aliás, a definição de educação que volta e meia refiro por aqui também teu seu caráter normativo: auxiliar o indivíduo a descobrir seus objetivos na vida e dar-lhe energia para lutar por eles. E é definição? Educação é o meio que permite ao indivíduo descobrir...

E o professor Ronaldo? Ele fala em empatia:

Educar, contemporaneamente, tem múltiplos objetivos, mas um deles é aumentar nossa capacidade de empatia, ou seja, tentar compreender sentimentos e emoções dos demais, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sentem outros indivíduos. Ao promovermos, pela educação, a empatia, queremos que motivar as pessoas se entendam; portanto, ao desenvolvermos o altruísmo, o amor e o interesse pelo próximo, dotá-las de capacidade de ajudarem umas às outras.

Parece contemplar tudo o que faltava em minha definição operacional! Descobrir objetivos na vida, mas enviesar para o desenvolvimento do altruísmo. Afinal, se não tivesse havido altruísmo entre os bonobos, entre os chimpanzés, entre as bactérias, e tudo o mais, não teria altruísmo nos humanos, aliás, provavelmente não haveria nem humanos. Minha brincadeira de que dois terços da humanidade são altruístas pode errar na cifra, mas não há dúvida de que os caroneiros são uma minoria. Entre eles, destacam-se os políticos brasileiros. Bom domingo!

DdAB
Imagem: existe alguém mais altruísta do que a Madre Tereza (aqui)?

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