Hoje o assunto começa na capa de Zero Hora: "Desvio na Procempa pode ser de R$ 50mi", querendo dizer 50 milhões! É estarrecedor, estupidificante. Especialmente pelo que se lê no cerne do jornal. Estamos falando do governo municipal, da administração das coisas da vida comunitária porto-alegrense. Estamos falando da coalizão de partidos que empalma o poder (no caso desta "processamento de dados do município de porto alegre", adivinho eu) e, com a culpa neste cartoriozinho milionário, o Partido Trabalhista Brasileiro.
Pois bem, o presidente já demitido da Procempa foi, assim que de lá saiu, convidado a assessorar o vice-prefeito da cidade. Só bebendo, para que o vice-prefeito tenha um quadro de assessores, possivelmente todos CCs, como é/foi este caso. Este senhor (como diria o papa) assessor fez inegáveis serviços para a causa da moral e da ética. Ele guardava em casa armas e dinheiro (e sei lá que mais). Ao perceber que a polícia iria dar-lhe um "mandrake", jogou pela janela um pacote dentro do qual a polícia contou R$ 46 mil, se a cifra não me confunde. Em casa! E cheques acima de R$ 100 reais devem ser nominais!
E o outra eminência (sem alusão ao citado papa) também tinha dinheiro e armas em casa. O dinheiro era R$ 65 mil (caso de memória também pede vênia) e algumas armas, inclusive uma (ou duas?) de uso exclusivo das forças armadas. Que planejava?
Que planejavam?
Não podemos esquecer que o poder judiciário também é governo. E que com a impunidade por ele garantida à sociedade brasileira não há maiores incentivos a se evitar o crime de todos os quilates. A saída, bem sabemos, é conseguirmos um aladim que faça o governo gastar em educação. Se Tony Blair não tivesse feito mais nada, mereceria notoriedade pela legenda (mais hagiografia...) "Education, education, education".
DdAB
Imagem: daqui.
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